História, perguntado por leonicezamariano1701, 8 meses atrás

Em janeiro de 1985, Tancredo Neves foi eleito Presidente da República pelo PMDB. A respeito da chamada Transição Democrática, podemos afirmar que: I. Tancredo Neves foi eleito presidente de forma indireta pelo Colégio Eleitoral, tendo como vice José Sarney, ex-presidente do PDS, partido que apoiava o Regime Militar. II. Em torno de Tancredo Neves formou-se a Aliança Democrática, que reunia o PMDB e dissidentes do PDS, entre os quais José Sarney e Paulo Salim Maluf. III. A candidatura de Tancredo Neves contou com o apoio oficial de todos os partidos de oposição, isolando completamente os colaboradores do Regime Militar. IV. O Movimento “Diretas Já”, que promoveu em 1984 uma intensa mobilização popular a favor da eleição direta para Presidente da República, teve como resultado imediato a eleição do candidato da oposição, Tancredo Neves, pela via indireta. *
6 pontos
I e II estão corretas.
I e III estão corretas.
I e IV estão corretas.
II e IV estão corretas.

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Respondido por vitorgamebrr30
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Resposta:

O mandato do então presidente João Figueiredo foi marcado pela continuação da abertura política iniciada no governo Geisel. Diferente de seus antecessores João Figueiredo não pertencia a geração que participou do movimento tenentista, sua chegada ao poder representava que uma nova geração de militares havia chegado nos altos comandos das Forças Armadas e que os antigos tenentes estavam saindo da vida pública devido a idade avançada. Muitos, como Ernesto Geisel, viriam a falecer devido a idade avançada nas próximas duas décadas. Pouco tempo depois de assumir o cargo, houve uma concessão de anistia ampla, geral e irrestrita aos políticos cassados com base em atos institucionais. Com essa lei foram revogadas as penalidades propostas nas legislações do regime militar como o exílio, a perda de direitos políticos, as aposentadorias compulsórias, dentre outras punições. As absolvições foram concedidas tanto aos militares que atuavam em favor do regime, quanto aos demais cidadãos que se opuseram ao regime. Dessa forma, os crimes cometidos pelos agentes do regime também não poderiam ser julgados. Em 1980, extinguiu-se o bipartidarismo instaurado. A partir deste fato, foi criado o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) como sucessor do MDB, e o Partido Democrático Social (PDS, atual Progressistas[1]) como sucessor do ARENA, além de outros novos partidos. Dentre alguns dos partidos criados nesse período estiveram o Partido dos Trabalhadores (PT), na época liderado por Luiz Inácio da Silva (que legalmente adicionou o hipocorístico Lula ao nome em 1982), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), na época liderado por Ivete Vargas (sobrinha de Getúlio Vargas) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT), liderado por Leonel Brizola, considerado um dos últimos herdeiros políticos de Getúlio Vargas.

Durante novembro de 1979, foram previstas eleições diretas para os governadores de Estados, e foi extinta a eleição indireta para senadores. Somente no ano de 1982 foram realizadas as eleições diretas para compor os quadros executivos dos estados e da Câmara Federal, sendo a oposição majoritariamente vitoriosa nesses pleitos.

Entre 1980 e 1981, os grupos mais reacionários dentro das Forças Armadas, apelaram para o terrorismo, em uma série de atentados a bomba e sequestros. No dia 30 de abril de 1981, explodiram uma bomba no Riocentro, centro de convenções do Rio de Janeiro, onde se realizava um grande festival de música em homenagem aos trabalhadores. Os militares foram inocentados, e o governo do general Figueiredo foi afetado por uma crise por causa desse atentado. Na ocasião o governo culpou radicais da esquerda pelo atentado. Essa hipótese já não tinha sustentação na época (grupos guerrilheiros de esquerda haviam sido completamente extintos em 1974) e atualmente já se comprovou, inclusive por confissão,[2][3] que o atentado no Riocentro foi uma tentativa de setores mais radicais do governo (principalmente do CIE e o SNI) de convencer os setores mais moderados do governo de que era necessária uma nova onda de repressão de modo a paralisar a lenta abertura política que estava em andamento.[2][3] Esse episódio marcou a decadência do regime militar no Brasil, que daria lugar ao restabelecimento da democracia.

espero ter ajudado,pode resumir.

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