Em atenas e Esparta, as mais importantes pólis gregas da antiguidade, o trabalho era preferencialmente distribuido em do seguinte modo ?
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Resposta:
Esparta e Atenas foram cidades-estado da Grécia Antiga com profundas diferenças culturais, sociais e políticas.
Esparta e Atenas são os exemplos máximos da heterogeneidade da organização social que existia dentro de cada polis (cidade independente), da antiga civilização grega.
A formação das cidades-estado começou em uma fase de muito desenvolvimento cultural, político e social. Esse período foi o arcaico, datado dos séculos VIII ao VI a.C.
Inicialmente, os povos gregos organizavam-se em genos, que se tratavam de propriedades exploradas economicamente por clã ou grandes famílias.
Depois, os genos passaram a se desenvolver e tornaram-se unidades políticas maiores até tornarem-se cidades-estado ou poleis (plural de polis).
A sociedade grega compartilhava de hábitos e costumes comuns. Assim também era com as poleis, que possuíam projetos arquitetônicos semelhantes.
Uma vez que existia a parte chamada de ágora, local de assembleias entre os cidadãos e de relações comerciais, era muito comum também as práticas de jogos, rituais aos deuses gregos, eventos culturais e julgamentos dos juízes gregos.
Entretanto, Esparta e Atenas eram poleis que apresentavam a divergência do perfil sociopolítico da antiguidade grega.
Esparta: valores militares e pedagogia militarista
Esparta era uma cidade-estado situada na planície do Eurotas, na Lacônia, região da península do Peloponeso. Anteriormente, a região onde se formou o território espartano era de domínio dos povos dóricos. Logo, eles foram os ancestrais da população espartana.
A principal característica da sociedade espartana era a exaltação dos valores militares. Por isso, havia intensivo treinamento físico dos jovens, a fim de prepará-los para as guerras.
Até mesmo nas escolas, a educação espartana dedicava-se a uma pedagogia militarista, ou seja, o ensino da escrita estava voltado apenas para o necessário. O mais importante era a instrução de conhecimentos para formar soldados valentes e fortes.
Depois do processo de aprendizagem militar nas escolas espartanas, os jovens ingressavam no exército espartano aos 20 anos de idade e permaneciam no serviço militar com total dedicação da função até os 40 anos de idade.
Esparta tinha apreço pelo militarismo e seus jovens dedicavam-se ao Exército. (Foto: Pixabay)
Em razão dessa forte ligação militar de Esparta, as mulheres espartanas eram vistas como importantes genitoras de indivíduos fortes, com saúde e destemidos para lutar nas guerras e garantir vitórias contra dos inimigos.
Política
A organização política de Esparta e Atenas era bastante discrepante. Em Esparta o governo era uma Monarquia regida por dois reis, denominada de Diarquia. Os reis espartanos faziam parte de duas famílias abastardas – os Ágidos e os Euripôntides.
Os comandantes do exército esparto eram os próprios reis e cabia a eles também as funções relacionadas aos assuntos religiosos e militares. Existia no cenário político de Esparta o Conselho dos Anciões, que era chamado de Gerúsia. Este era presidido pelos reis espartanos e composto por vinte e oito homens com idades de 60 anos. Os conselheiros espartanos ou gerontes tinham funções políticas amplas.
A política espartana permitiu a participação de seus cidadãos a partir do século VII a. C., já que houve a criação da Assembleia dos Cidadãos chamada de Àpela. Na Assembleia era debatida e aprovada ou não as leis governamentais elaboradas pelos conselheiros da Gerúsia. E os cidadãos espartanos acima dos trinta anos de idade podiam participar das decisões políticas.