Em alguns paises da Europa, permite-se que um produto de menor valor estético seja comercializado Estamos falando de um pepino deformado ou de uma cebola pequena, mas não de um produto contaminado com residuos químicos ou agentes biológicos. No caso do Brasil, o problema vai além da aparência, porque há hortaliças ruins - contaminadas, murchas, machucadas - que chegam às bancas para ser comercializadas. Mas, se nos dois contextos há perda de alimentos e preconceito em relação as hortaliças fora do padrão visual, mas boas para o consumo, quais seriam as alternativas para evitar o desperdício e melhorar a qualidade dos produtos? Para os pesquisadores do assunto, não adianta replicar a experiència europeia no Brasil, de exigir hortaliças esteticamente perfeitas, porque também teriamos produtos sendo desprezados ainda na etapa de produção. Não devemos passar de um mercado pouco exigente, que gera desperdicio no varejo e nas residências, para um mercado exigente que gera perda no campo. A solução do problema é conscientizar os diversos elos da cadeia produtiva, especialmente varejistas e consumidores, para que sejam esclarecidos sobre quais aspectos da aparência das hortaliças comprometem a qualidade. Quanto maior a exigência do mercado por hortaliças de aparência perfeita, maior o desperdicio de alimentos. Por sua vez, quanto maior a exigência por hortaliças sem danos, causados pela falta de cuidado e pela falta de higiene, menor será a perda de alimentos e maior a qualidade da alimentação da população bra
Soluções para a tarefa
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Segundo a lógica de mercado, os produtos são avaliados inicialmente pela primeira regra da economia, a escassez. Assim, a produção de hortaliças no Brasil possui um consumidor exigente pela alta quantidade do produto nos mercados, ou seja, hortaliças com aparência "defeituosa" são descartadas pelo consumidor brasileiro por existir outros produtos que o satisfaça.
Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o manuseio de produtos agrícolas interfere diretamente na qualidade e na sua preservação por um tempo maior. Assim, o processo de colheita, transporte, armazenamento e exposição destes produtos pode estar ligado a sua conservação.
O Departamento de Engenharia de Produção da UFSCar relata que o mal planejamento das empresas, o manuseio incorreto de produtos e os padrões rígidos do consumidor complementam o desperdício de alimentos no país. Assim, é importante a troca de informações entre fornecedores e o varejo, reduzindo sobras; o treinamento de profissionais capacitados para o manuseio correto e o mapeamento varejista do desperdício, para uma produção sustentável.