Em 1957, Martin Luther King Jr proferiu o discurso abaixo:
Deixem-nos votar
Deixem-nos votar, e não mais importunaremos o governo federal para falar de nossos direitos básicos. Deixem-nos votar, e não mais imploraremos ao governo federal pela promulgação de uma lei antilinchamento; com a força de nosso voto, inscreveremos essa lei nas leis do Sul e acabaremos com os atos covardes dos encapuzados que disseminam a violência. Deixem-nos votar (Deixem-nos votar), e transformaremos as más ações visíveis de multidões sanguinárias na calculada boa ação de pacatos cidadãos. Deixem-nos votar (Deixem-nos votar), e encheremos as assembleias legislativas com homens de boa vontade e enviaremos às câmaras sagradas do Congresso homens que, devotos do manifesto da justiça, jamais assinarão um “Manifesto Sulista”.11 Deixem-nos votar (Sim), e colocaremos, nos tribunais do Sul, juízes que atuarão com justiça e amarão a misericórdia, e colocaremos, à frente dos estados sulistas, governadores que experimentaram não só a amargura dos homens, mas o ardor de Deus. Deixem-nos votar (Sim), e implementaremos com calma e não-violência, sem rancor ou ressentimento, a decisão da Suprema Corte de 17 de maio de 1954 (Isso mesmo). Neste momento decisivo da história de nossa nação, precisamos com urgência de uma liderança corajosa e dedicada. Se desejamos solucionar os problemas futuros e tornar a justiça racial uma realidade, essa liderança deve ser quadruplicada. Em primeiro lugar, precisamos de uma liderança forte e agressiva por parte do governo federal. Até agora, apenas o Poder Judiciário mostrou-se capaz de exercer essa liderança. Se os Poderes Executivo e Legislativo estivessem tão preocupados com a proteção dos direitos dos cidadãos quanto os tribunais federais, então a transição de uma sociedade segregacionista para uma integracionista seria infinitamente mais suave. Mas, com essa preocupação, muitas vezes olhamos para Washington em vão. Em meio a um trágico colapso da lei e da ordem, o Poder Executivo federal permanece demasiadamente silencioso e apático. Em meio à desesperadora necessidade de uma legislação dos direitos civis, o Poder Legislativo permanece demasiadamente estagnado e dissimulado.
KING JR, Martin Luther. Um apelo à consciência - Os melhores discursos de Martin Luther King. Rio de Janeiro: Zahar.2006, p. 37.
Considere agora as seguintes asserções:
I. No discurso apresentado, Martin Luther King Jr. considera que os principais entraves para a construção de uma sociedade integrada são os obstáculos legais que impedem o negro
de votar e o poder judiciário, incapaz de exercer um papel de liderança no combate à segregação
II. Para Martin Luther King Jr., a transição de uma sociedade segregacionista para uma integracionista não poderia ser suave se os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) não exercessem o papel de liderança na proteção dos direitos do cidadão.
É correto o que se afirma em:
Escolha uma:
a.
A primeira asserção está incorreta e a segunda correta.
b.
As duas asserções estão corretas e a primeira é uma justificativa da segunda.
c.
As duas asserções estão corretas e a segunda é uma justificativa da primeira.
d.
A segunda asserção está incorreta e a primeira está correta.
e.
Ambas as asserções estão corretas, mas uma não justifica a outra
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Alternativa A - A primeira asserção está incorreta e a segunda correta.
claudinei001:
CORRETO
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