Psicologia, perguntado por minijack04, 7 meses atrás

Ele estava vindo à terapia já há algumas semanas, nunca faltava, ou se era preciso, avisava com antecedência. Porém, ao final da sessão, sempre me deixava com uma sensação vazia e um pensamento… “o que eu fiz por ele na sessão e, na verdade, o que ele precisa de mim?” Abordei esse tema diversas vezes durante as sessões, tentando entender o motivo que o fez procurar terapia. A resposta era evasiva e geralmente na direção de “sempre gostei de fazer terapia, me faz bem ter ajuda para pensar sobre mim”, e outras vezes envolvia “bom, minha mãe é a razão de eu fazer terapia”, mas minhas inúmeras tentativas de aprofundar o tema eram em vão. As questões trazidas sempre pareciam ser irrelevantes pra ele. Era difícil definir uma queixa e a sensação era de que ele tratava a terapia como um hobby e não algo que de fato importasse ou fosse necessário. Depois de algumas semanas nessa situação, o cliente começou a trazer relatos de assuntos “mais pesados”, envolvendo outras pessoas, nunca ele mesmo. E ao mesmo tempo, relatava essas histórias como sendo banais, apesar de envolver temas como doenças graves de familiares próximos, relações incestuosas entre conhecidos e agressões físicas. Tudo para ele parecia normal, corriqueiro e nada o surpreendia ou chocava. Ao ser questionado sobre isso, ele me contou que não era assim no passado. Antigamente era explosivo, “perdia o controle” e agia de forma bastante dramática em situações banais e hoje em dia, depois de muita terapia, havia aprendido a “ser mais calmo”. “Ser mais calmo” era importante para o cliente, pois quando “explodia” recebia fortes críticas de sua mãe. O caso foi ficando mais claro e percebi que a hipótese que vinha se formando em minha cabeça fazia sentido. Aparentemente, na tentativa de se controlar e não “explodir”, o cliente mantinha-se afastado de suas emoções, assim como de vínculos mais próximos que pudessem suscitar a falta de controle que ele tentava evitar. O cliente fazia isso em seu dia-a-dia e fazia isso comigo em sessão.

Segundo a Psicoterapia Analítica Funcional (ou FAP, do nome em inglês Functional Analytic Psychotherapy), o cliente apresenta em sessão, na relação com seu terapeuta, problemas funcionalmente semelhantes aos que apresenta em seus relacionamentos diários.

A partir disso responda:
Explique o que são os Comportamentos Clinicamente Relevantes 1 (CRBs 1) e identifique-os no caso.

Soluções para a tarefa

Respondido por desconhecido1112
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cara e assim eu duvido mt alguem responder essa pergunta pois ela e gigante e ninguem vai gastar o precioso tempo de uns 5 minutos para ler a sua pergunta entao tchau e boa sorte e na proxima tenta colocar uma menor ok falouuuuuuuu

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