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O filme O Zoológico de Varsóvia, realizado em Praga em 2015 e estreado em 2017 traz roteiro de Angela Workman baseado no livro de Diane Ackerman Zookeepers´s wife escrito em 2007 (também título original do filme) baseado nas memórias de Antonina Zabinski que junto com o marido Jan, renomado biólogo de Varsóvia são personagens deste drama histórico.
O zoológico em questão, um dos maiores na Europa antes da segunda guerra mundial, mostrava-se uma instituição modelo, abrigando afetos que marcaram o cotidiano de animais e humanos que ali trabalhavam. Isto poderia já em si ser o tema central de um filme politicamente correto sobre ecologia, sustentabilidade e cuidados com animais. Mas, Niki Caro, junto com Angela Wokman, diretora e roteirista do filme respectivamente colocam em questão um mundo onde inverte-se o caráter do humano com o das bestas, seres sem civilização e provavelmente indagam-se (e se respondem) sobre os animais sacrificados, metáfora das minorias executadas durante o regime nazifascista. Semidestruído pelos primeiros bombardeios sobre a cidade de Varsóvia dias antes da tomada do país e diante dos olhos de Antonina e do pequeno filho Ryszard, perdeu grande parte dos seus animais que morreram inclusive sob os tiros dos alemães, fato impactante que o filme mostra. Além de enaltecer o zoológico nos seus valores éticos, o filme mergulha nos anos terríveis do Holocausto entre 1939 e 1945, através da zaga do casal Zabinski, diretores do zoológico e cujas vidas foram afetadas pelos acontecimentos históricos do período na capital polonesa. Assim, transitamos por diversos fatos como a invasão do país, as perseguições, proibições, destruição das propriedades dos judeus da cidade , a instalação do Gueto de Varsóvia e o confinamento forçado dos judeus, a morte de milhares de prisioneiros até o dia da aniquilação do Gueto, o Levante e o início do transporte dos presos em direção ao extermínio em campos de concentração.
Antonina Zabinski nos cuidados do Zoológico de Varsóvia *
A presença marcante, no filme, do médico e pedagogo polonês Janusz Korczak, coordenador de orfanatos antes e durante a existência do Gueto penso ser uma inserção feliz e necessária para caracterizar ainda mais os conflitos da época e a inclusão de formas diferentes de resistência. Korczak negou-se a sair protegido do país, identificado com as crianças e negando-se a abandoná-las. Mostrar a chegada ao trem que iria transportá-los para a morte em Treblinka é um posicionamento claro do roteiro acompanhado pela cena chocante de Jan tendo que ajudar a levantar aqueles corpinhos indefesos e colocá-los dentro do vagão à pedido deles mesmos. O educador referência até hoje, encenou, como sabemos, com os adolescentes do Orfanato do Gueto, um texto teatral do premiado Nobel de Literatura, o escritor indiano, Rabindranath Tagore (1861-1941), O Carteiro para trabalhar com elas a experiência da morte absurdamente presente e logo infelizmente tão concreta e imediata.
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