Edward Blyden foi o primeiro filósofo africano a defender a urgência na mudança de ensino no continente porque ele entendia que a educação africana era baseada em modelos europeus, o que incentivava o mimetismo servil e não as identidades locais. Já Léopold Sédar Senghor, foi um outro filósofo de origem africana que destacou a questão da negritude como uma proposta afirmativa de que o negro é tão ser humano quanto qualquer outro e que, portanto, sua identidade tem que ser resgatada.
Tanto Blyden quanto Senghor estão discutindo diretamente com um dos conceitos mais complexos para o tema das diversidades e identidades étnico-raciais.
De que conceito estamos falando?
Soluções para a tarefa
Trata-se aqui do conceito de colonização, tomado em um sentido amplo.
A colonização não foi apenas um evento histórico e político que determinou a formação política dos países colonizados, mas é também um fenômeno cultural que valoriza a cultura do colonizador, tida como superior, em detrimento da cultura do colonizado, visto como inferior, de modo que nos esforçaríamos, cada vez mais, para ser mais como os europeus e menos como os povos nativos e africanos.
Isto, claro, cria um mecanismo de discriminação social bastante marcado na sociedade, que continua a influenciar-nos até os dias atuais.
Resposta:
Do conceito de colonização, em seu sentido mais amplo; não apenas econômico e político, mas também (e principalmente) ideológico e como chave de leitura
Explicação:
Quando Blyden fala sobre a necessidade de repensar o currículo das escolas africanas a partir de sua realidade e quando Senghor coloca no centro do debate a questão da negritude, eles estão falando sobre tornar as etnias africanas protagonistas de suas discussões, ou seja, descolonizaram-se dos saberes trazidos por europeus durante o período de colonização.