É um exemplo de obra da literatura de Portugal
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Resposta:
(Exemplos de obra da literatura de Portugal)
1- “O Livro do Desassossego”, Fernando Pessoa
2- “Amor de Perdição”, Camilo Castelo Branco
3- “Os Maias”, Eça de Queirós
4- “Sonetos Completos”, Florbela Espanca
5- “As Pupilas do Senhor Reitor”, Júlio Dinis
6- “Viagens na Minha Terra”, Almeida Garrett
7- “Poesias Eróticas, Burlescas e Satíricas”, Bocage
8-“Antologia Poética”, Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
9-“Antologia Poética”, Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
10-“Húmus”, Raúl Brandão
Explicação:
1-Editado somente em 1982, “O Livro do Desassossego” é assinado por Bernardo Soares, uma das muitas personagens criadas pelo poeta. Sobre este livro, o próprio Pessoa afirmou “são as minhas confissões e, se nelas nada digo, é que nada tenho para dizer”. Tem, pois, um cariz biográfico que se estende pelos mais de 500 textos que compõem a obra.
2-Esta obra de Camilo Castelo Branco publicada em 1862 é uma das histórias de amor mais marcantes da literatura portuguesa. O triângulo amoroso apresentado é inspirado na vida do próprio autor, que escreveu o romance em apenas 15 dias enquanto esteve preso na antiga Cadeia da Relação do Porto. O desfecho é trágico mas a narrativa é irrepreensível.
3-Apontado por muitos como um dos livros mais notáveis da literatura nacional, “Os Maias” foca a história da aristocrática família Maia na sociedade lisboeta do século XIX. A primeira edição data de 1888, com o selo da Livraria Lello, e não falta a fatalista história de amor, a análise social, várias peripécias e um humor satírico.
4-A compilação da obra poética da poetisa Florbela Espanca foi publicada pela primeira vez em 1934, agregando os poemas mais relevantes publicados em “Livro de Mágoas”, “Livro de Sóror Saudade”, “Charneca em Flor”, “Reliquiae” e “O Livro D’Ele”. Nos sonetos predomina a temática amorosa e os sentimentos associados: tristeza, saudade, sedução, desejo e, até, morte.
5-Lançado primeiro como folhetim de jornal, em 1863, e depois editado em livro, em 1867, este é o primeiro romance de Júlio Dinis, tido como uma das obras mais populares dos séculos XIX e XX. Com um discurso pouco rebuscado, apto para ser lido pela classe popular, este livro apresenta a história dos amores e desencontros das órfãs Clara e Guida.
6-Obra-prima da literatura portuguesa romântica, “Viagens na Minha Terra” narra uma viagem de Lisboa a Santarém enquanto apresenta uma reflexão profunda sobre Portugal do século XIX. O livro foi publicado em 1846 e divide-se pela história de quatro personagens, num país marcado pela guerra civil que opunha liberais e absolutistas.
7-Foi uma obra polémica na época em que foi editada (1854), mas é de qualidade inquestionável. Devido à sua carga erótica e provocadora, o livro foi proibido durante o Estado Novo. A antologia apresenta poemas eróticos e satíricos, alguns mais obscenos, outros mais perto da paródia, e espelha o lado mais excêntrico de um dos maiores poetas portugueses.
8-Alberto Caeiro foi um dos heterónimos mais estimados por Fernando Pessoa e, por isso, decidimos incluir nesta lista a sua antologia poética. Aqui podes descobrir todos os poemas publicados nas obras “O Guardador de Rebanhos”, “O Pastor Amoroso” e “Poemas inconjuntos”, escritos no início do século XX. Imperam a simplicidade e a sensibilidade e refuta-se a reflexão profunda — afinal de contas, “pensar é estar doente dos olhos”.
9-Editado originalmente em 1892, em Paris, é um dos livros essenciais das letras e da poesia nacionais. É um livro triste, feito “de poemas amargos” — o próprio autor afirmou ser este “o livro mais triste que há em Portugal”. Mas merece ser lido pelas novas tendências da poesia que apresenta, com uma linguagem mais simplista e vários coloquialismos.
10-É talvez o livro menos conhecido desta lista mas merece o lugar de destaque, principalmente por ter sido uma obra inovadora na época em que foi editado (1917). É um livro denso, com uma escrita que pode ser comparada à de Dostoiévski ou Kafka, assente numa narrativa filosófica e existencialista. Não existe propriamente um enredo mas sim uma reflexão constante sobre a angústia e a morte.
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