Artes, perguntado por arianeibaro, 4 meses atrás

e sua parte é pesquisar sobre danças inspiradas nos povos indígenas, africanos e europeus., se a dança é coletiva, em dupla ou individual. Você deve , descrever os movimentos da dança, porque e quando se dança, quais vestimentas e adereços se usa. Faça isso no caderno, escreva tudo. Escrever é um exercício e ajuda a fixar o conhecimento. por favor me ajudem e urgente ​

Soluções para a tarefa

Respondido por mateusquiterio2007
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Resposta:

Os povos indígenas mantêm as suas crenças e rituais por meio das forças da natureza e dos espíritos ancestrais nas suas práticas cerimoniais. A memória cultural e a tradição oral contribuem para organizar a vida e a convivência entre as comunidades indígenas, consolidando as suas relações e dando continuidade à existência, preservando o conhecimento e a cultura. Esse mecanismo de resistência fortalece a identidade étnico-racial e resgata amplamente sua condição humana, tão subalternizada e violentada desde a colonização portuguesa.

Danças Indígenas e Afrobrasileiras

1.1 Aprendendo um pouco sobre o povo de cada uma das

cinco regiões brasileiras.

Apresentaremos para você quatro dos principais povos originários das cinco regiões brasileiras, seus mito e ritos, para que sejam pensados na perspectiva da dança. Os Tikunas (Região Norte), os Guaranis (Região Centro-Oeste), os Kaingangs (Região Sul-Sudeste)

e os Pataxós (Região Nordeste). Se tiver interesse, pode pesquisar sobre os outros povos. Essa etnia, cuja classificação linguística é a tikuna, conta com uma população de aproximadamente 46.045 indígenas que ocupam em torno de 70 aldeias às margens do Rio

Solimões, cuja bacia é considerada a maior da Amazônia brasileira. A outra parte se localiza no Peru. Esse território foi invadido violentamente por seringueiros, madeireiros e pescadores nas proximidades do Rio Solimões, mas, na década de 1990, o povo Tikuna conquistou o reconhecimento oficial da maior parte de suas terras, organizando-se e dividindo-se em duas bases familiares: uma com nome de aves e outra com nome de plantas e animais terrestres. A união matrimonial entre eles só é permitida com o núcleo familiar oposto e a nova família herda os costumes do clã masculino. Os Tikunas afirmam sua identidade e resistência através da variedade e riqueza da sua produção artística, que é composta de máscaras cerimoniais, bastões de dança esculpidos, pintura em entrecascas de árvores, estatuetas zoomorfas, cestaria, cerâmica, tecelagem, colares com pequenas figuras esculpidas em tucumã, além da música e das tantas  histórias que compõem seu acervo literário.  

O Mito da Criação do Povo Tikuna

No início, havia uma separação entre Tempo e Espaço. Antes da criação do mundo,

no Tempo, Nutapá e sua mulher Mapana viviam às margens do Igarapé Eware em

lugares diferentes, numa época de fartura em que a caça e a pesca eram abundantes.

No primeiro dia de caça, os dois se desentenderam e Nutapá amarrou a mulher a

uma árvore para morrer, porque ela não tinha órgão sexual para lhe gerar filhos. Um

pássaro, chamado Canã, que sobrevoava o local, se transformou em gente para desamarrar a mulher de Nutapá e, mais tarde, participou do plano de Mapana para assassinar Nutapá.

Mapana atirou um ninho de marimbondo nos joelhos de Nutapá quando este retornava da caça. Nutapá foi ferroado pelos insetos em ambos os joelhos. Uma grande

ferida se formou no local ferroado e o grande chefe mandou abrir para ver se havia  algum bicho. Dentro do ferimento, tinha dois meninos e duas meninas fazendo zarabatanas, flechas, alforjes, venenos e muitas outras coisas. Nutapá tirou do joelho  direito um casal de meninos; chamou o menino de Djói e a irmã dele de Movaca. Do  joelho esquerdo, um outro casal que ele batizou de Ipi e Aucana. Djói fabricou a zarabatana e o curare; e Ipi, o arco e a flecha. Aucana fabricou o cesto e a bolsa; e Movaca,  a maqueira (rede artesanal) e a peneira. As crianças foram as criadoras de todos os  objetos que os Tikuna usam até hoje.

Um dia, quando os meninos pescavam com Nutapá, este foi engolido por uma onça

depois de ter cruzado uma pinguela sobre o Igarapé Eware. Djói e Ipi tentaram rastrear a onça e, como não conseguiram, voltaram ao local de travessia e passaram  gosma de peixe e de frutas no tronco estendido sobre o Igarapé. Enquanto esperavam  a volta do animal, foram fazendo piranhas – pretas, vermelhas, brancas –, afiando os  seus dentes como haviam afiado os seus. Quando a onça tentou passar pelo tronco,  escorregou e caiu na água, e as piranhas a mataram. Djói e Ipi secaram o Igarapé,

tiraram o couro da onça e recolheram do seu estômago os pedaços de Nutapá, levando-os para casa e ressuscitaram o ancião.

A copa da grande samaumeira, considerada pelos indígenas como a mãe das árvores, a mãe da vida, é uma das maiores do mundo e pode ser habitada pelo povo da floresta. Ela cobria o mundo, escurecendo tudo, e os irmãos Djói e Ipi tentaram abrir um

buraco na sua copa, jogando-lhe caroços de arara-tucupi e, como não conseguissem, chamaram o pica-pau, que tentou, em vão, cortar o duro tronco com o bico. Resolveram, então, tirar o machado da cutia, arrancando-lhe a perna de trás. Ipi começou a cortar a árvore, mas o corte tornava a fechar.

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