“É preciso destruir o preconceito, muito difundido, de que a Filosofia é algo muito difícil pelo fato de ser a atividade intelectual própria de uma determinada categoria de cientistas especializados ou de filósofos profissionais e sistemáticos. É preciso, portanto, demonstrar, preliminarmente, que todos os homens são ‘filósofos’, definindo os limites e as características dessa ‘Filosofia espontânea’ peculiar a ‘todo mundo’, isto é, da Filosofia que está contida:1) na própria linguagem, que é um conjunto de noções e de conceitos determinados e não, simplesmente, de palavras gramaticalmente vazias de conteúdo; 2) no senso comum e no bom senso; 3) na religião popular e, consequentemente, em todo o sistema de crenças, superstições, opiniões, modos de ser e de agir que se manifestam naquilo que se conhece geralmente por ‘folclore’.” (GRAMSCI, A. Caderno 11 (1932-1933). Introdução ao estudo da Filosofia. In: Cadernos do cárcere, vol. 1. Edição Carlos Nelson Coutinho com Marco Aurélio Nogueira e Luiz Sérgio Henriques. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 93.) Sobre o texto acima, acompanhe as seguintes questões: I. Gramsci trata de colocar a “casa em ordem” e define a Filosofia como uma atividade propriamente destinada a intelectuais e especialistas. II. O filósofo italiano procura demonstrar que a Filosofia está disseminada nas mais diferentes esferas da vida social, tais como o uso da linguagem, o conhecimento do senso comum e o conhecimento das religiões populares. III. Gramsci faz uma crítica ferrenha ao academicismo filosófico, muito embora esferas da vida social cotidiana não sejam muito apreciadas pelo filósofo italiano. IV. Com as afirmações acima, Gramsci parece tentar identificar certo academicismo filosófico que pode favorecer determinadas ideologias das classes dominantes.
Apenas as questões III e IV estão corretas.
Apenas as questões II e IV estão corretas.
Apenas as questões II e III estão corretas.
Apenas as questões I e II estão corretas.
Apenas as questões I e IV estão corretas.
Ainda acerca da relação entre o pensamento mítico e o filosófico, e também sobre os motivos que impulsionaram o surgimento da Filosofia, é correto afirmar que:
O mito, como linguagem oral, alcançou maior longitude do que a Filosofia.
A escrita e o comércio ajudaram a impulsionar o surgimento de uma linguagem filosófico-científica, que favoreceu as relações econômicas e culturais entre as polis.
O comércio pouco influenciou o desenvolvimento de um pensamento de características científicas, permanecendo o mito como linguagem hegemônica no mundo grego antigo.
A necessidade de se desenvolver uma linguagem universal, capaz de favorecer o intercâmbio cultural e comercial na Grécia Antiga, fez desaparecer completamente as narrativas míticas.
As polis gregas compartilhavam as mesmas narrativas mitológicas, o que favorecia o intercâmbio comercial e científico.
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“É preciso destruir o preconceito, muito difundido, de que a Filosofia é algo muito difícil pelo fato de ser a atividade intelectual própria de uma
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II. O filósofo italiano procura demonstrar que a Filosofia está disseminada nas mais diferentes esferas da vida social, tais como o uso da linguagem, o conhecimento do senso comum e o conhecimento das religiões populares.
V. Com as afirmações acima, Gramsci parece tentar identificar certo academicismo filosófico que pode favorecer determinadas ideologias das classes dominantes.
A escrita e o comércio ajudaram a impulsionar o surgimento de uma linguagem filosófico-científica, que favoreceu as relações econômicas e culturais entre as polis.
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