É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um. Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos. Para obedecer, não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem do submisso. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.
PRADO, Jason (Org.); CONDINI, Paulo (Org.). A formação do leitor: pontos de vista, Rio de Janeiro: Argus, 1999.
Sobre o texto, é correto afirmar que:
Alternativas
Alternativa 1:
considerando a ironia presente no texto, entende-se que os autores defendem, de fato, que apenas uma pequena parcela de indivíduos tenham acesso à arte, pois trabalhadores braçais não precisam desse conhecimento.
Alternativa 2:
quando os autores dizem que "Para executar ordens, a palavra é inútil", fica evidente sua posição contrária ao cultivo do hábito da leitura, pois devemos sempre cumprir o que nos é exigido sem questionar.
Alternativa 3:
seria perigoso demais se todas as pessoas lessem e se tornassem conscientes, pois assim elas ficariam satisfeitas com a vida que vivem e, dessa forma, o progresso da humanidade estaria em risco.
Alternativa 4:
considerando a ironia presente no texto, a passagem que diz "A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias" revela a importância da leitura para que possamos desenvolver a empatia, o que melhoraria nossas relações interpessoais.
Alternativa 5:
Prado e Condini entendem que o hábito de ler deve ser reservado a apenas poucas pessoas, sobretudo aquelas que detém o poder, pois assim poderão guiar a sociedade para melhores rumos.
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Alternativa 4:
considerando a ironia presente no texto, a passagem que diz "A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias" revela a importância da leitura para que possamos desenvolver a empatia, o que melhoraria nossas relações interpessoais.
Em se tratando da ironia presente no texto, observa-se que a alternativa mais coerente com a mensagem a ser transmitida encontra-se na Alternativa 4, a qual é resultante da preocupação da leitura em mostrar e desenvolver melhores relações interpessoais, a partir da conscientização através da empatia.
Desta forma, os autores reforçam de forma irônica, a importância da leitura para o crescimento moral dos individuos.
leonardopenafort:
Obrigado.
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