E. P. C., 67 anos, viúvo, aposentado, ex-motorista de caminhão, baixo nível de instrução, tabagista há 48 anos, com uso de dois maços de cigarro por dia, reside em região ribeirinha, sem saneamento básico com difícil acesso à Unidade Básica de Saúde (UBS). Portador de dislipidemia e hipertensão arterial, altura 1,63m e 96 kg, há três dias iniciou com sintomatologia de polidipsia e poliúria, levando-o a procurar atendimento na UBS. A partir do primeiro atendimento foi encaminhado para acompanhamento via ambulatório devido a níveis glicêmicos elevados em jejum, compatíveis com quadro de DM tipo II. Foram propostas uma terapia medicamentosa a esse paciente e um acompanhamento em grupo de atenção nutricional em sua UBS
de abrangência, entretanto E. P. C. não aderiu ao tratamento e evoluiu com quadro de parestesia em membros inferiores (MMII), principalmente à esquerda, onde já apresenta lesão ulcerativa com tecido necrótico em 4ª e 5º pododáctilo e calcâneo. Após um almoço familiar, apresentou confusão, seguida de rebaixamento de nível de consciência e síncope. Foi atendido pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel e Urgência), e recebeu tratamento para cetoacidose diabética com insulina de ação rápida, sendo encaminhado para unidade hospitalar de referência. No hospital, foi internado em leito de UTI onde passou a receber insulinoterapia por bomba de infusão contínua além de monitorização glicêmica. Com sua internação prolongada, a lesão de MIE apresentou piora, com aumento do tecido necrótico para região posterior do pé, ausência de pulso pedioso palpável e odor fétido. O médico angiologista avaliou o caso e realizou desbridamento cirúrgico. Após estabilização do quadro, recebeu alta da UTI para o setor de internação, onde a equipe de enfermagem realiza curativo uma vez ao dia em MIE. A lesão, em região de calcâneo, apresenta 1cm de profundidade, 3 cm de largura e 3 cm de comprimento, estendendo a região posterior do pé esquerdo; há presença de tecido fibrinoso em grande quantidade, pequenos pontos de necrose, e exsudato purulento em grande quantidade, bordas irregulares e com pouco tecido de granulação. Considerando a previsão de alta hospitalar próxima, a enfermeira Roberta foi realizar a orientação para o paciente e familiares sobre as técnicas de curativo e os cuidados necessários com pé diabético.
considerando que o papel do enfermeiro enquanto educador em saúde é imprescindível para o sucesso da promoção, prevenção, tratamento e reabilitação da saúde. A enfermeira Roberta se depara com o desafio de fornecer orientações referente ao autocuidado do paciente e preparo para alta hospitalar de modo que o mesmo retome suas atividades diárias favorecendo sua qualidade de vida.
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De acordo com o enunciado, o paciente possui dislipidemia e hipertensão arterial e deu início a uma sintomatologia de polidipsia e poliúria. Os responsáveis por atende-lo encontraram quadro compatível ao diabetes melitus do tipo II.
Sendo assim, o recomendável é um acompanhamento nutricional para que o quadro clínico não evolua. Se ocorreu uma piora, é necessário que esse paciente passe por tratamento para cetoacidose diabética com insulina de ação rápida e receba insulinoterapia por bomba de infusão contínua e que sua taxa glicêmica seja monitorada.
Bons estudos!
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