e o que faltava para esses camponeses e seus familiares viverem decentemente,na época da sociologia?
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Resposta:
Atualmente está ocorrendo um resgate do termo ‘camponês’ para caracterizar determinado tipo social que se encontra na agricultura considerada familiar. Em uma sociedade altamente urbanizada, faz sentido falar em camponês? Existe ainda, nas sociedades do século XXI, um tipo social característico do ‘campo’, mantido imune à urbanização da sociedade contemporânea?
Para muitos, o camponês representa aquele produtor ou grupo familiar rural que vive ‘lá no campo’, longe da cidade, em um lugar isolado de todos e de tudo. O termo camponês vem da Idade Média, da época do surgimento das cidades (os Burgos), em que os que viviam no campo produziam alimentos para sustentar os exércitos dos senhores feudais, os membros das cortes européias e a população que passa a viver nas cidades.
Para a Sociologia Rural, os camponeses se caracterizam por viver em aldeias, voltados para relações sociais intensas com a sociedade local e desenvolvendo, entretanto, uma frágil relação com a sociedade envolvente. Daí a noção de isolamento e de uma produção voltada à subsistência da família e da comunidade, que estabelece as trocas eminentemente na esfera local. O comércio para o exterior da comunidade estava atrelado à capacidade de produzir excedentes, ou seja, produção maior do que necessária para o consumo da família e da comunidade. Aqui está a origem da produção para subsistência que, para muitos, é indicativo de existência atual de um camponês no Brasil rural.
Para Lênin, Chayanov e Kautsky (os clássicos da sociologia rural), o camponês constituía-se enquanto um tipo de produção familiar específica, identificada na passagem do século XIX para o século XX na Alemanha, Rússia e EUA. Os camponeses russos (certamente também os de outras regiões européias) viviam em comunidades e dependiam basicamente da produção agrícola e da força de trabalho familiar para garantir a subsistência da família. Produziam praticamente tudo que a família necessitava para o consumo e, eventualmente, realizavam trocas comerciais a fim de adquirir produtos que não produziam.
Segundo o pensamento de Alexander Chayanov, que estudou os camponeses no início do século XX na Rússia, a unidade agrícola camponesa é condicionada pela relação entre a mão-de-obra disponível (filhos, adultos e idosos de uma propriedade) e os alimentos necessários para reprodução do grupo familiar (ABRAMOVAY, 1998). Para a comercialização somente se destinava o excedente gerado, ou seja, o produto produzido com o tempo de trabalho da família que ultrapassasse a produção de alimentos necessários para a alimentação da família. Assim, a orientação não era o mercado, mas a subsistência do produtor e de sua família.
Explicação:
espero ter ajudado