É o que afirma Rita Chaves, em um ensaio no qual aborda algumas das questões mais significativas presentes na ficção do autor, apontando alguns caminhos para sua análise. Ela destaca que a obra do autor moçambicano está comprometida com o processo de integração de um país onde o conceito de identidade nacional ainda é muito frágil. Para Chaves, um dos recursos usados por João Paulo é o que ela denomina conquista progressiva de território: o autor desloca suas narrativas para diferentes regiões do país, o que é significativo em um país no qual a região da capital, no sul, concentra a maior parte da atividade política, financeira e cultural da nação. As ações passadas, no romance, aconteceram em sua maioria na Ilha do Ibo.
No trecho acima, a autora da resenha usa um argumento de autoridade ao citar Rita Chaves para
justificar as escolhas que João Paulo Borges Coelho faz dos espaços em que localiza a ação de seus romances e dos deslocamentos das personagens.apontar a necessidade de fortalecimento da integração dos moçambicanos das diferentes regiões do país, a fim de construir um vigoroso conceito de identidade nacional.criticar a concentração da “atividade política, financeira e cultural” na região sul de Moçambique.exemplificar a situação em que se encontra o território moçambicano, o que justificaria a mudança das personagens para Portugal.
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Justificar as escolhas que João Paulo Borges Coelho faz dos espaços em que localiza a ação de seus romances e dos deslocamentos das personagens.
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