É importante observarmos que o emprego adequado da fonte musical demanda que o docente em História adote critérios e métodos. Em linhas gerais, a utilização de canções em sala de aula deve ser feita dentro de um trabalho que oriente o aluno acerca de que canções são expressões artísticas. Letras e musicalidades são produzidas no sentido de produzir convencimentos sobre este ou aquele discurso que é objeto da mesma. Neste sentido, analise a letra da música abaixo e considere (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as falsas:
CÁLICE (CALE-SE)
Chico Buarque e Gilberto Gil
Composta em 1973, lançada em 1978.
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice, pai
Afasta de mim esse cálice, pai
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai (Pai)
Afasta de mim esse cálice (Pai)
Afasta de mim esse cálice (Pai)
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai (Pai)
Afasta de mim esse cálice (Pai)
Afasta de mim esse cálice (Pai)
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda (Cálice)
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta (Cálice)
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai (Pai)
Afasta de mim esse cálice (Pai)
Afasta de mim esse cálice (Pai)
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno (Cálice)
Nem seja a vida um fato consumado (Cálice)
Quero inventar o meu próprio pecado (Cálice)
Quero morrer do meu próprio veneno (Pai, cálice)
Quero perder de vez tua cabeça (Cálice)
Minha cabeça perder teu juízo (Cálice)
Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cálice)
Me embriagar até que alguém me esqueça (Cálice)
( ) A música foi composta e lançada na década de 1970, assim, os autores utilizaram de frases dúbias/enigmáticas a exemplo da palavra "cálice" que, na verdade, é "cale-se", para driblar a censura da ditadura civil militar que ainda estava em vigor.
( ) Na frase “Como beber dessa bebida amarga? Tragar a dor, engolir a labuta?” Pode-se interpretar “Como aguentar a repressão e prosseguir?” Isso porque, Chico se indaga sobre sua própria energia para sobreviver a essa época tão sofrida.
( ) “Mesmo calada a boca, resta o peito, Silêncio na cidade não se escuta”, nesta frase, entende-se que apesar de silenciadas, as pessoas não deixam de sofrer, apenas não são ouvidas. A boca está calada, mas a dor permanece. Assim, apesar de ser uma música do período da ditadura civil militar brasileira, o documento pode render boas reflexões acerca da censura.
( ) Na frase, “De muito gorda a porca já não anda”, pode-se interpretar que a “porca gorda” é uma analogia para representar a ganância do governo corrupto que não conseguia mais operar. Afirmações e analogias que podem ser aplicadas na atualidade, pois é fundamental que façamos relações de passado e presente em nossas aulas.
A sequencia correta é:
Alternativas
Alternativa 1:
V, V, V, V.
Alternativa 2:
V, V, V, F.
Alternativa 3:
V, F, V, F.
Alternativa 4:
V, V, F, F.
Alternativa 5:
F, F, F, V.
Soluções para a tarefa
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1- v,v,v,v
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VVVV
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