É correto afirmar que o povo brasileiro sempre foi submisso e passivo diante da opressão?De exemplos da velha república que confirmem sua resposta
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Um filósofo do qual não me lembro o nome, num programa de TV na época ainda da Ditadura, dizia que somos submissos por sermos cristãos, e na época o país ainda era majoritariamente católico. A Igreja Católica, que sempre apoiou o governo autoritário, tanto na Velha República quanto na Ditadura, tem uma estrutura hierárquica, que coloca o Papa como a pessoa mais importante na Terra, representante direto de Deus, e vai estabelecendo uma hierarquia na qual o fiel é o elo mais fraco e, portanto, mais submisso. O crescimento do movimento evangélico não mudou isso, pelo contrário, a bancada evangélica em Brasília é a segunda maior, só perdendo para os ruralistas, e temas que só deveriam interessar à ciência acabam sendo votados sob o prisma religioso, com a concordância dos fiéis que ajudam tais políticos a se eleger.
A estrutura social também não ajuda. Hoje não há tantos coronéis rurais como antigamente, o que não significa que não haja novos coronéis conduzindo o rebanho rumo ao matadouro. Um exemplo é o movimento sindical, que decide greves de cima para baixo, sem consultar a massa, sem representatividade. Uma greve de professores, por exemplo, é decidida por pouco mais de quinhentos, mil representantes, num universo que pode ter dezenas de milhares de pessoas que acabam não aceitando a decisão, e continuam trabalhando apesar da greve. Afinal de contas, não foram eles que decidiram. O modelo sindical foi inteiramente inspirado no socialismo soviético, que nunca foi um exemplo de democracia, mas de ditadura de cima para baixo.
Por fim, a população brasileira é condicionada pelo oportunismo. Não se vota no melhor candidato, na melhor proposta, no melhor partido, mas naquele que promete (e nem sempre cumpre) as maiores vantagens para o eleitor. Não deixa de ser um comportamento submisso. O que adianta reclamar depois se não votou no melhor candidato?
O mesmo ocorre com a televisão. É comum ver pessoas reclamando da violência, do sexo e da baixa qualidade dos programas, mas o que determina o que o espectador vai ver é a audiência, portanto a massa submissa e passiva que se senta diante da televisão e continua prestigiando o que não presta.
A República Velha não é muito diferente do que vemos hoje, só não existia televisão nem Internet.
A estrutura social também não ajuda. Hoje não há tantos coronéis rurais como antigamente, o que não significa que não haja novos coronéis conduzindo o rebanho rumo ao matadouro. Um exemplo é o movimento sindical, que decide greves de cima para baixo, sem consultar a massa, sem representatividade. Uma greve de professores, por exemplo, é decidida por pouco mais de quinhentos, mil representantes, num universo que pode ter dezenas de milhares de pessoas que acabam não aceitando a decisão, e continuam trabalhando apesar da greve. Afinal de contas, não foram eles que decidiram. O modelo sindical foi inteiramente inspirado no socialismo soviético, que nunca foi um exemplo de democracia, mas de ditadura de cima para baixo.
Por fim, a população brasileira é condicionada pelo oportunismo. Não se vota no melhor candidato, na melhor proposta, no melhor partido, mas naquele que promete (e nem sempre cumpre) as maiores vantagens para o eleitor. Não deixa de ser um comportamento submisso. O que adianta reclamar depois se não votou no melhor candidato?
O mesmo ocorre com a televisão. É comum ver pessoas reclamando da violência, do sexo e da baixa qualidade dos programas, mas o que determina o que o espectador vai ver é a audiência, portanto a massa submissa e passiva que se senta diante da televisão e continua prestigiando o que não presta.
A República Velha não é muito diferente do que vemos hoje, só não existia televisão nem Internet.
Perguntas interessantes
Português,
9 meses atrás
Matemática,
9 meses atrás
Matemática,
9 meses atrás
Matemática,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás