Filosofia, perguntado por reginalais389, 5 meses atrás

É a cultura que nos diferencia das demais especies especieis de de animais a partir dessa afirmação indique a opcao que melhor define a cultura

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Respondido por CricaTri
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Resposta:

Cultura é um conceito amplo que representa o conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social. Ela é repassada através da comunicação ou imitação às gerações seguintes.

Explicação:

Dessa forma, a cultura representa o patrimônio social de um grupo sendo a soma de padrões dos comportamentos humanos e que envolve: conhecimentos, experiências, atitudes, valores, crenças, religião, língua, hierarquia, relações espaciais, noção de tempo, conceitos de universo.

Respondido por anibaldemendonca
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Resposta:

Explicação:

"Cultura é um termo bastante explorado pela Antropologia, ciência que surgiu na mesma época em que a Sociologia e visa a analisar as sociedades humanas a partir de sua produção cultural, indo das mais elementares formas de organização social até as mais complexas.

O sentido de cultura é amplo. O que nos interessa aqui é saber que a cultura corresponde a um conjunto de hábitos, crenças e conhecimentos de um povo ou um determinado grupo artístico (literário, dramatúrgico, musical, derivado das artes plásticas etc.) que cultiva, de algum modo, um padrão estético semelhante.

Tópicos

1 - Significado de cultura

2 - Conceito de cultura para a Sociologia

3 - Tipos e exemplos de cultura

Significado de cultura

Segundo o dicionário Aurélio Online|1|, cultura pode significar:

Ato, arte, modo de cultivar;

Lavoura;

Conjunto das operações necessárias para que a terra produza;

Vegetal cultivado;

Meio de conservar, aumentar e utilizar certos produtos naturais;

Aplicação do espírito a (determinado estudo ou trabalho intelectual);

Instrução, saber, estudo;

Apuro; perfeição; cuidado.

Em virtude da variedade de significados dessa palavra derivada do latim que deu origem tanto a expressões de cuidado e cultivo quanto a expressões que designam conjuntos de conhecimentos e hábitos de determinadas sociedades, é difícil realizar o seu esgotamento conceitual.

Podemos designar, com a palavra cultura, o cultivo de vegetais (a cultura de tomates ou o cultivo de tomates), o cultivo do conhecimento humano alcançado pela racionalidade e pelo senso estético (quando nos referimos a uma pessoa culta, justificando que ela é letrada, erudita, que conhece vários idiomas ou é conhecedora de arte) e a cultura de um povo, de uma região, de uma nação, que se apresenta em suas diversas facetas: religião, arte, culinária, costumes, conhecimento etc.

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De todas essas formas a que a palavra cultura pode remeter, a última é a que será tratada neste texto, pois é a que se encaixa no espectro de assuntos estudados pela Antropologia, uma disciplina que surgiu no século XIX, em meio ao surgimento da Sociologia. As duas áreas compõem, junto à Ciência Política e à Economia, o conjunto que forma as chamadas Ciências Sociais.

A cultura é um dos elementos de análise da Antropologia e foi desenvolvida de diferentes maneiras, de acordo com o seu local e seu povo originário.

Conceito de cultura para a Sociologia

Focando no termo cultura observado pelo viés da Sociologia e da Antropologia, podemos dizer que “é por meio da cultura que buscamos soluções para nossos problemas cotidianos, interpretamos a realidade e produzimos novas formas de interação social”|2|.

O avanço dos estudos antropológicos apresenta visões mais recentes da Antropologia que contrariam as visões iniciais da disciplina. Os métodos antropológicos e sociológicos de análise social e cultural também se modificaram. Por isso, podemos destacar métodos e pontos de vista diferentes acerca do estudo sociológico para adentrar no conceito de cultura por meio desses métodos e de seus pensadores.

No século XIX, os estudos antropológicos surgiram na Europa, principalmente sob o espectro do darwinismo social do biólogo e sociólogo britânico Herbert Spencer. O termo “evolucionismo” estava em voga nos meios intelectuais do século XIX, devido à disseminação da teoria darwinista. O darwinismo social surgiu a partir da conexão entre os estudos de Darwin e a Antropologia, ligação efetuada por Spencer.

Em sua teoria, Spencer defende que existem estágios diferentes de evolução humana no mundo e eles que se apresentam por meio dos diferentes tipos de cultura desenvolvidos pelos seres humanos em cada local.

Essa teoria, obviamente, leva em consideração as noções não somente geográficas, mas também étnicas para separar os diferentes povos, o que permite a percepção, nos dias de hoje, de que o darwinismo social era uma ótica eurocêntrica e racista apoiada em um método científico.

Outro grande nome a integrar o espectro do darwinismo ou evolucionismo social foi o também britânico, considerado o primeiro antropólogo da Inglaterra, Edward Burnett Tylor. O “pai” da Antropologia britânica revolucionou o conceito de cultura para aplicá-lo em amplo aspecto em sociedades, porém ele estava ligado a uma visão que mais tarde seria descartada do estudo social científico, por estabelecer hierarquias sociais a partir da produção cultural.

A partir de Franz Boas, os antropólogos foram percebendo, aos poucos, que não existia uma hierarquia cultural.

Outro nome importante apareceu no século XIX, o do geógrafo, físico e antropólogo alemão, naturalizado nos Estados Unidos, Franz Boas. Boas divergiu das teorias antropológicas de sua época e passou a mergulhar na cultura indígena de tribos estadunidenses, com uma ótica menos eurocêntrica, diferente dos evolucionistas, que consideravam a cultura europeia superior a qualquer cultura desenvolvida por nativos das Américas, da África e da Ásia.

O culturalismo de Boas inaugurou um modo de pensar baseado na relativização do termo cultura e de parâmetros para se entender a cultura, pois não é possível medir uma escala de desenvolvimento cultural a partir de sociedades diferentes.

A visão antropológica de Boas influenciou um novo modo de pensar a Sociologia e a Antropologia no século XX, denominado estruturalismo. Os estruturalistas enxergam que há uma lógica que liga a cultura com a língua, a cultura com o povo e a cultura com o meio.

Seguindo essa visão, a cultura influencia a caracterização de um povo, mas o oposto também acontece. Também há uma noção de influência do meio, mas uma influência não determinante. Tudo isso constitui uma estrutura social importante que deve ser analisada.

Um nome importante da Antropologia estruturalista é o do etnólogo belga Claude Lévi-Strauss, o qual teve sua obra fortemente influenciada por sua estadia no Brasil, o que lhe rendeu o contato com alguns povos indígenas.

A jornalista Véronique Mortaigne afirma, em introdução a uma entrevista feita com Lévi-Strauss sobre sua relação com o Brasil, que: em 1935, o jovem professor de 27 anos chega a São Paulo e depois se embrenha no Mato Grosso, nas terras dos índios, inaugurando sua carreira de americanista. Esse período de trabalho de campo, que se seguirá até 1939, servirá de base para a construção teórica de sua Antropologia Estrutural.|3|

Para Claude Lévi-Strauss, não é possível estabelecer uma hierarquização das culturas, ou seja, em termos de cultura, não existe melhor ou pior, mais desenvolvido ou menos desenvolvido, mas sim culturas distintas, que florescem junto a outros elementos das diversas estruturas sociais.

Leia também: Auguste Comte, um sociólogo de fundamental importância para as Ciências Sociais

Tipos e exemplos de cultura

Podemos estabelecer três tipos básicos de cultura, tomando uma concepção restrita da palavra que se refere mais ao ambiente estético e artístico do que a um conjunto de saberes coletivos. Esses tipos são:

Cultura erudita

A cultura erudita, muitas vezes utilizada como sinônimo de uma cultura muito desenvolvida esteticamente e de alto valor, é um termo que, quando empregado, pode resultar em uma visão etnocêntrica. Cultura erudita é a cultura criada por uma elite, econômica, social ou intelectual, que tenta se sobrepor aos outros tipos de cultura por meio de sua própria classificação.

Muitos lementos culturais criados pelas elites foram amplamente difundidos, sobretudo da elites europeias, muitas vezes de grande desenvolvimento técnico, como a música erudita barroca e clássica, a ópera, a pintura e a escultura renascentista etc. Dessa feita, podemos elencar como exemplos mais específicos as óperas do compositor alemão Richard Wagner, como Tristão e Isolda ou O Anel dos Nibelungos; as pinturas de Caravaggio; as peças musicais de Bach, de Vivaldi ou a ópera de Bizet.

Cultura popular

O grafite é um exemplo de manifestação cultural interessante, pois ele tem um caráter popular, por estar fora do eixo erudito, com elementos da cultura de massa.

É a expressão cultural geral de um povo que, em muitos casos, em especial em países como o Brasil, está fora do eixo erudito, por ser uma manifestação popular criada por povos marginais, ou seja, que estão à margem da sociedade, fora das elites.

Se pensarmos no Brasil, temos uma vasta e rica cultura nordestina, nortista, sertaneja e indígena e, nos centros urbanos, das periferias e favelas, as quais não se enquadram ao padrão erudito, pois a nossa “erudição cultural” importou padrões essencialmente europeus.

Tomemos, como exemplos, a cultura indígena; o cordel nordestino; a literatura de Ariano Suassuna (de uma estética linguística erudita, no sentido de rebuscada, mas partindo de elementos da cultura nordestina); a música sertaneja de raiz; o samba, que foi rechaçado pela cultura erudita por muito tempo por ter surgido como expressão cultural dos negros, descendentes de escravos e favelados; o rap brasileiro e o funk carioca autêntico (o funk carioca de origem, sem a interferência da indústria cultural), que hoje passam pela mesma discriminação que o samba sofreu no início do século XX.

Essas mudanças de visão demostram que os padrões culturais e estéticos mudam ao longo do tempo. O mesmo aconteceu com o jazz, nos Estados Unidos, que era visto como uma cultura inferior por ter suas raízes fincadas nos negros escravizados, mas hoje possui o status de cultura erudita.

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