História, perguntado por geraldondias, 6 meses atrás

Durante o século XVIII, as minas de ouro e de diamantes da Capitania de Minas Gerais foram escavadas por escravizados nascidos na África. O século XIX, no Brasil, principalmente durante o Segundo Reinado (1840-1889), foi a época da expansão das lavouras de café na Região Sudeste, sobretudo no Vale do Paraíba (entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais), São Paulo e sul de Minas. O emprego de mão-de-obra de escravizados continuou mesmo depois da chegada de imigrantes europeus.
O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão, o que só aconteceu com a Lei Áurea, de 13de Maio de 1888. Enquanto a escravidão existiu, existiram diversas formas de resistência.
Não se deve considerar como formas de resistência ao sistema escravista só as fugas ou as rebeliões generalizadas e violentas. Existia também uma resistência cotidiana: defesa da vida privada, sabotagem, roubo, atrasos intencionais, uso sutil do sarcasmo e da ironia em relação aos brancos... A música e os cultos africanos – que sobreviveram a muitas perseguições e dificuldades, misturando-se com o cristianismo em graus e modalidades diversos desempenharam um grande papel na manutenção da unidade de cada comunidade negra (...)

QUAIS FORAM AS FORMAS DE RESISTÊNCIA COLETIVA À ESCRAVIDÃO CITADAS NOS TEXTOS?

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Respondido por ejcavatar
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Resposta:

No século XVII, os bandeirantes paulistas descobriram minas de ouro no interior do Brasil, primeiramente na região do atual estado de Minas Gerais, posteriormente nas proximidades da atual cidade de Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, e por último no Arraial de Sant’Anna, atual Cidade de Goiás, no estado de Goiás. Essa região de minas, como ficou conhecida, na época da descoberta do ouro pertencia à Capitania de São Vicente (São Paulo), entretanto a Capitania de São Vicente foi dividida e criaram-se as Capitanias de Minas Gerais e Goiás.

Durante a primeira década do século XVIII, um grande número de pessoas migrou para a região das minas. Entre essas pessoas se encontravam homens brancos europeus, colonos, africanos escravizados e indígenas e lá eles desenvolveram vários povoados, arraiais e vilas.

Na mineração, isto é, na extração do ouro nas minas, utilizava-se o trabalho dos negros escravizados trazidos da África. As minas correspondiam ao local no qual os escravos eram mais vigiados por seus senhores, que visavam evitar o contrabando de ouro.

Além da vigilância permanente, o trabalho escravo realizado na mineração apresentava péssimas condições. Muitos escravos não suportavam mais do que cinco anos nessa atividade; e rotineiramente aconteciam mortes prematuras relacionadas às condições de trabalho insalubre e aos acidentes de trabalho.

Dessa forma, os cativos trabalhavam sob o risco de morrer através de soterramento ou afogamento causado pelo rompimento das barragens de contenção das minas – esse era o acidente de trabalho mais comum nas minas e que mais vitimava os escravos. Além disso, os cativos exerciam o trabalho sob péssimas condições de salubridade, ficavam dentro da água por muito tempo (expostos a baixas temperaturas), enquanto outros ficavam muito tempo dentro das minas, nas cavernas (onde estavam sujeitos à baixa umidade e à falta de oxigênio).

Além das péssimas condições de trabalho, os negros escravizados enfrentavam carências de alimentação e sucumbiam à proliferação de várias doenças, ocasionando um grande número de óbitos.

O trabalho escravo na região das minas não ficou somente restrito à extração do ouro, pois os escravos realizavam diferentes funções, como atividades ligadas ao transporte, comércio (ambulante) e à construção de pontes, ruas e edifícios. O trabalho nas minas foi considerado a forma de trabalho mais penosa e pesada desempenhada pelos africanos escravizados no Brasil.

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