Dos cerca de 34,8 mil óbitos causados por tuberculose ocorridos entre 2001-2007, 52% eram pretos & pardos, 37,2%, eram brancos e 7,3% eram de cor ou raça ignorada. Tomando-se por base apenas o ano de 2007 (quando os óbitos de cor ou raça ignorada caíram para 6,3%), o peso relativo dos pretos & pardos no total de óbitos por tuberculose cresceu para 56,5%.
No período, cerca de 1,6 mil pessoas vieram a falecer por hanseníase. Nesse intervalo, os pretos & pardos responderam por 49,7% do total de óbitos; os brancos por 39,3%, e os casos de cor ignorada por 10,1%. Especificamente no ano de 2007, 47,3% dos óbitos por esta causa eram de pretos & pardos, 43,8% eram de brancos e 8,0% eram de cor ou raça ignorada.
Quanto à escolaridade, nos casos de por tuberculose, 38,6% apresentavam menos de oito anos completos de estudo (brancos: 38,9%; pretos & pardos: 50,9%). No que tange à hanseníase, 60,0% dos enfermos apresentavam no máximo o ensino fundamental incompleto (brancos: 57,3%; pretos & pardos: a 63,8%).
Outros dados não menos importantes sobre a tuberculose: ano de 2008, entre os homens pretos & pardos, 11,2% ou eram casos de reincidência (recidiva) ou de reingresso após abandono do tratamento que vinha sendo realizado. Este tipo de situação era encontrado em 9,4% dos homens brancos. No contingente feminino, os casos recidivos ou de reingresso eram de 6,5% entre as brancas e 9,0% entre as pretas & pardas. Os agravos associados à Aids estavam mais presentes relativamente entre os brancos (14,7% entre os homens, 10,4% entre as mulheres) do que entre os pretos & pardos (11,6% entre os homens, 9,9% entre as mulheres). Porém, quando se analisa a incidência da tuberculose associada com o alcoolismo, verifica-se que esta foi a situação de 24,8% dos homens pretos & pardos (homens brancos, 19,2%) e de 6,5% das mulheres pretas & pardas (mulheres brancas, 3,5%). Os pretos & pardos de ambos os sexos, comparativamente aos brancos dos correspondentes gêneros, apresentaram ligeira maioria nos casos de tuberculose associados a doenças mentais.
No orçamento da União, no ano de 2009, para as ações de combate à tuberculose e à eliminação da hanseníase foram destinados cerca de R$ 32,4 milhões para estas iniciativas, e, deste montante, 86,0% foram empenhados.
Houve entre 2001-2008 uma redução de 30,7% nos casos de agravo por tuberculose (mas os óbitos de pretos & pardos cresceu para 56,5%) e de 59,6% nos casos de hanseníase (pretos & pardos representaram 49,7% do total de óbitos).”
Fonte: PAIXÃO, M et al - Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010. Garamond, RJ, 2010. Disponível em http://www.laeser.ie.ufrj.br/PT/relatorios%20pdf/Relat%C3%B3rio_2009-2010.pdf
- Os dados permitem concluir que o racismo institucional opera como barreira para a população negra no acesso, tratamento e cura da tuberculose e hanseníase por meio principalmente da sobreposição de estereótipos, estigmas e preconceitos étnico-raciais, de gênero e de orientação sexual. As ações dos programas, de caráter universal, enquanto ignorarem as evidências sobre iniqüidades étnico-raciais e continuarão produzindo resultados terapêuticos desiguais e de baixa resolutividade. POR ISSO é preciso implantar nas Unidades de Saúde a POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA(PNSIPN) para a desconstrução do racismo institucional na forma de barreiras ao cuidado de saúde entre a população negra e o SUS.
Escolha uma:
a. A assertiva e a razão estão ambas corretas, mas a razão está inválida.
b. A assertiva está incorreta, mas a razão está correta.
c. A assertiva está correta, mas a razão está incorreta.
d. Ambas, assertiva e a razão, estão incorretas.
e. A assertiva e a razão estão ambas corretas e a razão é válida.
Soluções para a tarefa
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olá!
no caso podemos afirmar que a resposta certa é a letra e, qual seja: e. A assertiva e a razão estão ambas corretas e a razão é válida.
isso porque o texto da questão diz respeito ao aumento no número de casos no que diz respeito a questão de doenças que historicamente atinge as populações mais vulneráveis, em especial os negro.
nesse sentido, para haver uma perspectiva de igualdade nas condições de acesso a saúde é necessário criar um órgão especializado no atendimento da população mais vulnerável, com práticas voltadas para essa população.
espero ter ajudado!
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