Documento 001
‘Fake news’ circularam na imprensa durante surto de gripe espanhola no Rio em 1918
Jornal Eletrônico
Distribuição de caldo. Apesar de não haver comprovação científica, o produto era divulgado na imprensa como milagroso. Foto: Revista Careta/Acervo Casa de Rui Barbosa. Agua quente com vinagre, receita de coco e até óleo consagrado. Esses são alguns ingredientes de receitas que circulam na internet prometendo, sem nenhuma comprovação científica, combater o novo coronavírus (Covid-19). Se a divulgação das chamadas fake news – ou notícias falsas – tornou-se um fenômeno massivo com as redes sociais e o uso de aplicativos de troca de mensagens pelo celular, em 1918, foram a imprensa carioca e até mesmo as autoridades que contribuíram para disseminar as chamadas ‘receitas peculiares’ que prometiam curar a gripe espanhola. Essa é uma das constatações do artigo O Carnaval, a peste e a 'espanhola', do pesquisador Ricardo Augusto dos Santos, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). Acredita-se que a gripe espanhola tenha sido trazida ao território brasileiro por um navio inglês, o Demerara, que passou pelos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro em 1918. Em meados de setembro daquele ano, essas cidades portuárias já estavam infestadas. Com o avanço [da gripe espanhola], algumas promessas de cura eram noticiadas pela imprensa da época: caldo de galinha, quinino, ovos e limão eram alguns dos produtos considerados milagrosos. "Mesmo sem comprovação do valor terapêutico das substâncias e o desconhecimento do perigo da ingestão sem controle, os jornais divulgavam receitas com a promessa de cura. Verdadeiros ou não, esses boatos eram como se fossem realidade pelo impacto emocional que causavam e eram distribuídos pelo governo", destaca Ricardo. (. )
O jornal Gazeta de Notícias destaca na primeira página o caos no Rio de Janeiro dominado pela gripe espanhola em 1918. Imagem: Acervo Biblioteca Nacional. Atualmente, alguns veículos da imprensa têm equipes dedicadas exclusivamente ao fact checking – verificação de fatos a partir de dados, estudos científicos e registros de órgãos oficiais, por exemplo. No contexto da atual pandemia do coronavírus, o pesquisador adverte para a necessidade de buscar e somente compartilhar informações de fontes confiáveis e seguras. "As informações incorretas podem contribuir de forma negativa para esse problema de saúde pública. Desta forma, a imprensa deve atuar na desconstrução de narrativas distorcidas sobre a pandemia", defendeu. (. )
Sobre este documento
Título
‘Fake news’ circularam na imprensa durante surto de gripe espanhola no Rio em 1918
Tipo de documento
Jornal Eletrônico
Origem
ALBUQUERQUE, Cristiane. ‘Fake news’ circularam na imprensa durante surto de gripe espanhola no Rio em 1918. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, Março de 2020. Disponível em:. Revistahcsm. Coc. Fiocruz. Br/fake-news-circularam-na-imprensa-na-gripe-espanhola-em-1918/
Créditos
Cristiane Albuquerque
Palavras-chave
FAKE NEWS
IMPRENSA
SAÚDE PÚBLICA
Documento 002
Conselhos ao Povo
Jornal
O documento 2 é exemplar de que conselhos pseudo-científicos circulavam na imprensa à época da gripe espanhola. A reportagem (documento 1):
Alternativas
(A) define fake news como uma notícia falsa divulgada em diferentes meios de comunicação, como por exemplo as mídias sociais. (B) comprova que fake news sempre existiram, tanto na gripe espanhola quanto na pandemia de Covid-19, sendo que somente a imprensa foi contrária à sua divulgação. (C) pondera sobre o dano das fake news para a saúde pública utilizando uma "percepção ciceroniana" de história para compor a reflexão. (D) indica a necessidade de ação contra as fake news e destaca o papel da imprensa como aliada na construção de uma narrativa científica e coerente contra as epidemias. Me ajudemmmmmm
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra D
Explicação:
Foram a imprensa carioca e até mesmo as autoridades que contribuíram para disseminar as chamadas ‘receitas peculiares’ que prometiam curar a gripe espanhola. Essa é uma das constatações do artigo O Carnaval, a peste e a ‘espanhola’, do pesquisador Ricardo Augusto dos Santos, da Casa de Oswaldo Cruz
Se for sobre a Olímpiada de Nacional, eu estou certo :)
O documento 1 busca a ponderação sobre conselhos pseudocientíficos apresentados pela imprensa, buscando evitar a propagação de fake news, como ocorreu na situação da gripe espanhola na primeira reportagem (Alternativa C).
Fake News e Epidemias
As fake news, vide o momento em que vivemos, é capaz de alarmar substancialmente a população levando a um estado emocional crítico, de forma que as pessoas param de raciocinar na tentativa de resolver as doenças.
Portanto, trata-se de um processo extremamente negativo e antiético, compondo a reflexão atual, evitando a importância dos meios de imprensa em não compactuar com estas práticas, e principalmente, reforçar a importância do papel da Ciência no processo.
Mais sobre fake news: brainly.com.br/tarefa/53942375
#SPJ4