Diferente de John Wycliff e Jan Hus, Martinho Lutero não teve o mesmo destino trágico, ainda que fizesse críticas próximas aos heréticos dos séculos anteriores. Essa condição de Lutero deveu-se: A) à proteção que recebeu de uma parte dos príncipes alemães, que queriam os bens da Igreja, e das condições particulares da Alemanha ainda não unificada, onde os camponeses questionavam os tributos e as obrigações servis. B) à radical ligação com os setores marginalizados da sociedade alemã, como os camponeses e os trabalhadores das cidades, desvinculados das corporações de ofício e independentes dos senhores urbanos. C) à sua capacidade em conciliar a rigidez dos dogmas do cristianismo medieval com um mundo em eterna mutação, o teocentrismo aos modelos de ciência moderna. D) ao reconhecimento que fez dos hereges medievais, como críticos ingênuos e ineficazes na questão do poder político do alto clero romano, em especial o papa. E) à sua aceitação pela nobreza alemã, devido à proposta de separação entre as coisas do Estado e as coisas da religião, que interessava especialmente a essa camada social.
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Resposta:
alternativa (A)
Explicação:
Os príncipes alemães, interessados em ampliar poderes políticos e econômicos, transformaram-se na principal base de sustentação e implementação do luteranismo. De outra parte, a insatisfação camponesa com sua condição econômica contribuiria para ampliar a disseminação do modelo religioso de Lutero, visto por diversos líderes camponeses como um elemento que poderia alimentar revoltas sociais.
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