Biologia, perguntado por RamonMartins11, 1 ano atrás

Diferenciar diabete mellitus tipo 1 e 2. Causas, sintomas e tratamentos

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Respondido por brendamoreira5
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O que é Diabetes tipo 1?

O hormônio que controla o nível de glicemia (açúcar) no sangue é a insulina, e esta por sua vez é produzida pelo pâncreas. No Diabetes Tipo 1, o pâncreas do indivíduo deixa de produzir a insulina, aumentando os níveis de açúcar no sangue. Por se tratar de uma doença que tem relação genética (autoimune), geralmente é diagnosticada na infância.

Sinais e Sintomas do Diabetes Tipo 1:
Sintomas Diabetes

O Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, ou seja, o próprio organismo produz células defesa (anticorpos) que ataca o pâncreas, como se o sistema imunológico não o reconhecesse. Os sintomas se manifestam quando mais de 90% da função do pâncreas está comprometida. O diagnóstico é geralmente fácil, quando começam a surgir os sintomas específicos como poliúria (aumento do número de vezes que o paciente faz xixi), polidipsia (aumento da sede), emagrecimento e polifagia (aumento do apetite). Geralmente a criança apresenta também enurese noturna (falta de controle da micção). Muitas vezes o paciente tem seu diagnóstico feito quando apresenta uma complicação aguda chamada cetoacidose diabética (o corpo não consegue usar a glicose como fonte de energia e passa a usar então proteínas e lipídios, gerando como resultado os corpos cetônicos, deixando o sangue ácido) com sintomas de fadiga, confusão mental, náuseas, vômitos, dor abdominal, hálito cetônico.

O que é Diabetes tipo 2:

É o tipo mais comum de Diabetes, representando 90% dos casos. Geralmente acomete adulto acima dos 40 anos e obesos. Nesse tipo de diabetes há união de dois fatores para que ela ocorra: resistência à insulina + diminuição da produção de insulina. Nesse caso também há uma predisposição genética que juntamente com os fatores ambientais culminam para o aparecimento da doença, como a obesidade, sedentarismo.

Sinais e Sintomas do Diabetes Tipo 2:

São pacientes com mais de 40 anos, obesos, que geralmente descobrem ao acaso (exames de rotina) que são diabéticos. Os sintomas nesses pacientes passam mais despercebidos e quando surge são mais leves do que no Diabetes tipo 1. Podem surgir polidipsia, poliúria, noctúria. Por ter essa característica de ser insidiosa e assintomática, quando o diagnóstico é feito mais de 50% dos pacientes já tem complicações da doença (retinopatia, nefropatia e doença vascular manifesta).


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Então, quais são as diferenças do Diabetes tipo 1 e tipo 2?

No diabetes tipo 1, por ser uma doença onde o próprio sistema imune destrói de forma rápida o pâncreas, têm-se pouca ou nenhuma produção de insulina, desta forma, os sintomas são mais acentuados e graves, geralmente surgindo na infância ou adolescência e requerendo a utilização de doses diárias de insulina para manter o controle da glicose.

No diabetes tipo 2, a prevalência da doença é maior nos indivíduos adultos e idosos, normalmente associado a obesidade. Porém, neste caso, inicialmente a produção de insulina é normal ou até mesmo elevada pois os tecidos do corpo estão resistentes à sua ação, o que acaba impedindo a absorção da glicose pelo organismo e gerando o aumento da taxa de açúcar no sangue.

Diagnóstico do diabetes:


Hemoglicoteste
O diagnóstico é feito através de exames de sangue que detectam a hiperglicemia, sendo que a glicose de jejum normal varia entre 65-100 mg/dL.

Glicemia de jejum alterada está entre valores de 99-126 mg/dL, caracterizando o estado pré-diabético e quando é feito o exame de glicemia em jejum que a glicose está maior ou igual a 126 mg/dL em mais de uma ocasião, o diagnóstico de diabetes estará firmado.

Pode-se realizar o diagnóstico do diabetes através do hemoglicoteste (aparelho medidor da glicemia capilar), para isto a glicose deverá estar > ou igual a 200 mg/dL e a pessoa apresentar os sintomas do diabetes.

Tratamento do diabetes:

Na diabetes tipo 1, o tratamento é feito através da reposição de insulina por via subcutânea (através de aplicações sobre a pele), junto com dieta regulada e exercícios físicos, que visam redução dos níveis de glicemia para faixa próxima ao normal. Para que a terapia seja mais eficaz, o indivíduo deve dispor de um dispositivo que faz a medida da glicemia, que deve ser realizada cerca de 4 vezes por dias.

Na diabetes tipo 2 , o indivíduo geralmente tem outras doenças associadas como dislipidemias (alterações do colesterol e triglicerídeos), pressão alta. Por isso o tratamento nesse tipo, visa além do controle da glicose, controlar as outras doenças existentes, bem como parar de fumar e praticar exercícios físicos regularmente. Se com essas modificações nos hábitos de vida não for atingido um nível glicêmico normal, pode ser necessária a complementação com medicação oral ou até mesmo insulina.
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