ENEM, perguntado por anaL6aurabela, 1 ano atrás

Diabo À barca, à barca, oulá!
que temos gentil maré!
– Ora venha o caro a ré!
Companheiro Feito, feito!
Diabo Bem está!
Vai tu muitieramá,
atesa aquele palanco
e despeja aquele banco
pêra gente que vinrá.
À barca, à barca, hu!
Asinha que se quer ir!
Oh, que tempo de partir,
louvores a Berzebu!
– Ora, sus!, que fazes tu?
Despeja todo esse leito!
Companheiro Em boa hora! Feito, feito!
Diabo Abaxa maora esse cu!
Faze aquela poja lesta
e alija aquela driça.
Companheiro Oh, caça! oh! iça! iça!
Fonte: Vicente, Gil. Auto da Barca do Inferno. In: – Três Autos; livre adaptação
de Walmir Ayala; introdução de Leodegário A. de Azevedo. 6. ed. Rio de Janeiro:
Ediouro, 19, p. 70
O texto acima traz o primeiro diálogo do auto
da barca do Inferno. Que aspecto formal do teatro
vicentino pode ser percebido nesse trecho?
a) A ausência de coesão entre as falas das personagens,
que são usadas apenas para manter a rima e a métrica,
sem estabelecer relação de sentido.
b) A frequente presença de uma voz coletiva (coro), marcada
nos últimos versos das duas primeiras falas do Diabo.
c) O uso de versos que favorecem a musicalidade – uma
vez que as peças eram todas cantadas e acompanhadas
por instrumentos musicais.
d) O predomínio de versos redondilhos, originários da
tradição medieval.
e) A constante presença de falas que indicam a
consciência da personagem, sempre introduzidas por
travessão e reproduzidas por um narrador.

Soluções para a tarefa

Respondido por Usuário anônimo
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A LETRA E-A CONSTANTE PRESENÇA DE FALAS QUE INDICAM A CONSCIÊNCIA DA PERSONAGEM,SEMPRE INTRODUZIDAS POR UM NARRADOR
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