ENEM, perguntado por so5ltrelatavaren, 1 ano atrás

Da fome. A estética. A preposição “da”, ao contrário da
preposição “sobre”, marca a diferença: a fome não se define
como tema, objeto do qual se fala. Ela se instala na própria
forma do dizer, na própria textura das obras. Abordar
o Cinema Novo do início dos anos 60 é trabalhar essa
metáfora que permite nomear um estilo de fazer cinema. Um
estilo que procura redefinir a relação do cineasta brasileiro
com a carência de recursos, invertendo posições diante das
exigências materiais e as convenções de linguagem próprias
ao modelo industrial dominante.
Fonte: Xavier, Ismail. Sertão Mar – Glauber Rocha e a Estética da Fome. São
Paulo: Brasiliense, 1983, p. 9
A “estética da fome” mencionada por Ismail Xavier vigorou
durante muito tempo no cinema brasileiro. Hoje, com o cinema
nacional voltado para os problemas contemporâneos, na
maioria dos casos urbanos, a estética crucial do Cinema Novo
ficou em segundo plano, mas tem seus seguidores. Indique, nas
alternativas seguintes, a obra que mais se aproxime, no tema, nas
ambientações e na realidade de produção, da “estética da fome”
dos anos 1960.
a) Central do Brasil, de Walter Salles: tem como fio
condutor a solidão e as delicadas relações advindas
dessa situação e inicia-se no Rio de Janeiro, levando
seus protagonistas a uma viagem ao interior do país.
Ganhador de vários prêmios, o filme é uma das maiores
produções nacionais dos anos 1990.
b) O Invasor, de Beto Brant: trata da violência urbana,
tendo como peça central um matador de aluguel que se
infiltra na vida e nos negócios de empresários de sucesso.
O filme, ambientado em São Paulo, conta com o apoio
de um elenco de estrelas como Malu Mader, Alexandre
Borges, Marco Ricca e Mariana Ximenes.
c) Cabra-Cega, de Toni Venturi: coproduzido pela
Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, e
patrocinado por bancos e empresas estatais, o filme
trata da ditadura militar, acompanhando os dias de um
militante escondido.
d) Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky: é uma
adaptação do livro O Canto dos Malditos, de Austregésilo
Cerrano, que denuncia a realidade dos manicômios
sob o olhar de um usuário de drogas internado nessas
instituições. A diretora, muito prestigiada, teve apoio de
grandes artistas na elaboração do filme.
e) O Céu de Suely, de Karin Aïnouz: nesse filme, a
protagonista encontra uma saída inusitada para escapar
da miséria e da escassez de sua terra, rifar o próprio
corpo. O filme, independente e de baixo orçamento,
utiliza a própria paisagem como uma espécie de
personagem opressora.,

Soluções para a tarefa

Respondido por gioferreira18
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e) Está certa essa alternativa
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