Deus criou o povo para trabalhar, arar o solo e cuidar
da subsistência por meio do comércio; o clero, para as obras
da fé, e a nobreza para promover a virtude e conservar a
justiça, para servir de espelho para os outros pelos seus atos
e costumes. O povo pobre, afligido pelas guerras, explorado
pelos fiscais, vive em penúria e desgraça: todos dependem
do trabalho do agricultor. Eles sofrem pacientemente e,
quando eles por vezes murmuram e difamam o governo, o
senhor os trará de volta à calma e à razão.
Adaptado de HUIZINGA, Johan. O outono da Idade Média. São Paulo: Cosac Naify, 2010.
A leitura do excerto permite-nos concluir que
A
apesar de o trabalho dos servos sustentar toda a estrutura econômica e social do feudalismo, o conceito de que a vontade divina determinava as relações do período levou à submissão destes aos interesses dos clérigos, eliminando a ocorrência de revoltas.
B
a dependência dos grupos sociais feudais em relação ao trabalho dos servos permitia aos trabalhadores uma série de benefícios, como o direito de reivindicar melhorias para seu grupo social e de manifestar-se contra os abusos de poder praticados pela nobreza.
C
o sofrimento e a exploração dos servos, durante o feudalismo, podem ser justificados por meio da concepção de que a vontade divina, ao dividir as funções humanas na Terra, garantia a manutenção da produção e minimizava a eclosão de revoltas populares.
D
a nobreza, por ter a função divina de promover a virtude e preservar a justiça, teve papel fundamental na organização das estruturas do feudalismo, contribuindo para a manutenção da produtividade e para a pacificação das relações entre clero e trabalhadores.
E
as relações entre os estamentos feudais eram coordenadas graças às ações dos representantes da Igreja Católica, por meio da difusão do conceito de que a vontade de Deus determinava as relações humanas, reduzindo a influência e a importância da nobreza.
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b
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