Geografia, perguntado por kenedyfmf298, 1 ano atrás

Desigualdade de renda dispara em países ricos, mas cai entre latinos
As desigualdades entre ricos e pobres atingiram o nível mais alto desde que a Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) começou a medição dos dados há 30 anos. Atualmente,
nos 34 países dessa instituição, a parcela dos 10% mais favorecidos concentra 50% da riqueza,
enquanto os 40% mais pobres têm acesso apenas a 3% dela. No entanto, segundo estudo, essa diferença
de renda caiu na América Latina e Caribe desde o fim dos anos 90.
Em um relatório intitulado “Por que menos desigualdade beneficia a todos", a OCDE destaca que "a
diferença entre ricos e pobres nunca esteve tão alta”. A disparidade aumentou durante a crise em paises
como a Espanha, entre outras razões, pelos ajustes fiscais, pelo aumento dos impostos e pelos cortes
de benefícios sociais. A análise detalhada se concentra especialmente entre 2007 e 2011, os anos mais
difíceis da última crise econômica mundial. Nesse período, as rendas nos lares mostraram queda em praticamente
todos os paises da organização, mas em medida muito menor nas camadas mais privilegiadas.
Já na maioria dos paises da América Latina, as diferenças de renda da população diminuíram, principalmente,
no Brasil, Peru, México e na Argentina, e em menor escala no Chile. Os principais fatores
que explicam a redução da desigualdade na região são a queda das diferenças salariais entre trabalhadores
com alto e baixo nível de formação e o aumento do número de adultos que participa da força de
trabalho. O estudo também destacou que esses países tiveram maior acesso à educação.
Além disso, a ampliação dos programas de transferência de renda contribuiu para promover maior
redistribuição de renda e, consequentemente, mais desenvolvimento.
Hoje, a média do coeficiente Gini - que mede a desigualdade de renda e que vai de 0 a 1 (quanto
mais alto, maior a disparidade) - é de 0,32 nos países da OCDE. Nos anos 80, esse valor era de 0,29,
um aumento de quase 11%. No entanto, no Brasil, por exemplo, o coeficiente - que ainda é maior que a
média - passou de 0,6 em meados dos anos 90 para 0,55, uma queda de cerca de 8%.
Apesar dos indícios de melhora na América Latina, a região continua entre as com maior disparidade
entre ricos e pobres no mundo. O relatório ressalta também que, a partir de 2010, o declínio da
desigualdade na região desacelerou e foi muito mais modesto, especialmente na redução da pobreza.
Espanha
Ainda de acordo com o estudo, as perdas de renda foram particularmente elevadas nos países mais
atingidos pela crise. Na Espanha, por exemplo, as rendas das famílias diminuíram, em média, 3,5%
nesse período. Assim como na Irlanda ou Islândia. No caso da Grécia, a queda chegou a 8%.
Mas o aumento da desigualdade nessa época é mais evidente quando se compara as camadas sociais
mais altas e mais baixas.
Na Espanha, os 10% das famílias mais pobres perderam 13% de sua receita anual entre 2007 e 2011,
enquanto que entre os 10% mais ricos a renda anual mostrou queda de apenas 1,5%.
No período pré-crise, a desigualdade antes dos impostos e benefícios era bastante estável, destaca a
OCDE, mas disparou no ápice da crise. E continua a ser assim durante a leve recuperação vista recentemente.
A razão pode ser explicada por dois motivos: a elevada taxa de desemprego que custa a cair e os
ajustes fiscais que afetam o seguro-desemprego, o setor de educação e a falta de investimentos. É o que
está acontecendo na Grécia, Irlanda e Espanha.
Cortes de direitos trabalhistas
No caso da Espanha, por outro lado, outras medidas aumentaram as desigualdades. A consolidação
fiscal, diz a OCDE, incluiu aumentos de impostos sobre a renda e o consumo (em 2011 e 2013), enquanto
que cortes nos benefícios sociais (2013) atingiram as camadas mais pobres. O aumento dos empregos
temporários ou diferenças salariais entre homens e mulheres também contribuíram para o quadro. Neste
caso, os países com as piores notas são, nesta ordem, Alemanha, México e Espanha.
Como resultado disso, o documento destaca que a pobreza aumentou de forma preocupante entre
2007 e 2011. Em toda a OCDE, a população abaixo da linha de pobreza aumentou de 1% para 9,4% do
total. Na Espanha, essa parcela está em 18%, quase o dobro do que antes da crise. Na Grécia, em 27%. E
um fato alarmante: as pessoas que mais caem nessa fossa já não são os idosos, mas os jovens.
O desemprego e os ajustes são os fatores que mais contribuíram para as desigualdades na Espanha

1. Segundo o texto, a desigualdade caiu em alguns países da América Latina. Quais são esses países e qual a razão apontada para esse fato?
2. O que a matéria informa sobre a situação nos países europeus em crise?

Soluções para a tarefa

Respondido por thaissacordeiro
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Olá.



A- De acordo com o texto, a desigualdade caiu em países da América Latina como o Brasil, Peru, México e Argentina. De acordo com o autor do texto, caiu ainda no Chile, porém comparado com os demais países, o número foi menor.

A desigualdade social só mudou para esses países porque os salários dos trabalhadores começaram a ficar mais igualados, como por exemplo, os trabalhadores de menor formação, assim como um de maior, passaram a ter salários mais aproximados
Ainda sim, houve ainda uma crescente no número de adultos trabalhando.

B- A matéria explica que a crise nos países europeus se deram por diversas formas, mas as principais delas, que merecem destaque foram os ajustes fiscais, assim como o aumentos dos impostos, e o corte de benefícios sociais para a população.

O país europeu que mais sofreu com essas medidas foi a Espanha.

Espero ter ajudado!
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