Desfecho do livro pantano de sangue
Soluções para a tarefa
calor de Mato Grosso, Andrade não suava nem um pouquinho. Em volta da mesa da
lanchonete, cercado pelos cinco Karas, ouvia o Senador comentar as últimas
informações da Interpol, recebidas por telex:
— Tia Matilde era tia de todo mundo e não era tia de ninguém. Dizem que foi
uma jovem lindíssima. Já estava viúva de um irmão do avô de Crânio quando foi para
os Estados Unidos casar-se com Don Vitório, um dos mais poderosos capomafiosos do
mundo!
— Herança de macarrão! — gozou Magri. — Tia Matilde herdou foi a fortuna
criminosa do marido e todo o seu poder. A tia-fazendeira do Pantanal! Alegre,
espalhafatosa e toda envolvida em sua cor preferida. Que disfarce melhor para o Ente?
Quem haveria de desconfiar dela?
"Só mesmo estes meus queridos garotos!" — pensou Andrade, orgulhoso
como um pai.
— Bem, o importante é que desbaratamos o crime organizado, pelo menos por
ora — continuou o Senador. — Meus homens invadiram a fazenda Rosa-Pink, por
terra e pelo ar, e conseguimos prender a turma toda.
— No fim das contas — avaliou Crânio — acabei não conhecendo a famosa
fazenda de tia Matilde, Senador.
— A Fortaleza Cor-de-rosa do Crime! — apelidou Chumbinho. — Melhor
mesmo não conhecer...
Crânio olhou para os curativos das mãos, já quase curadas, e sentiu-se na
obrigação de pedir desculpas ao
Senador.
— E eu, que julguei aquele seu discurso, no avião amarelo, como mais uma
forma de encobrir o disfarce do tal Ente... Me enganei redondamente, Senador. Estou
envergonhado...
— Não há razão para isso, garotão. Afinal, vocês resolveram todo o caso,
apesar de as acusações terem começado pelo lado errado. Acho que a minha cara não
inspira muita confiança. Todos vocês desconfiaram de mim...
— Miguel não desconfiou! — Magri olhava com carinho para o líder dos
Karas.
— De todo esse mistério — Miguel mudou de assunto meio sem jeito — vai
restar sempre uma dúvida. Como desapareceu a caixa de slides do professor Elias lá na
sua fazenda, Senador? — perguntou Miguel.
— Se os slides foram roubados por algum agente da Máfia infiltrado na
fazenda - supôs Magri - certamente oram entregues à tia Matilde, A esta hora devem
estar no fundo do Pacifico, junto com o ouro.
— Mas que velha danada! — riu Chumbinho. — Quem poderia desconfiar
dela? Quando Crânio foi capturado ela fez questão de liderar as buscas, para afastar
todo mundo do acampamento do Centurião.
— E, no avião rosa-choque, ela representou melhor do que eu! — lembrou
Calu. - Quando Pepino veio propor o falso ataque ao acampamento do Centurião, a
velha representou como uma profissional. Nem eu desconfiei!
— A conta é minha! — exigiu o Senador, com aquela voz impressionante,
arrancando a conta da lanchonete das mãos do detetive. - Mas vocês têm de me
explicar por que temos de esconder da imprensa, de todo mundo a atuação brilhante de
vocês nesse caso!
— Para todos os efeitos, Senador, eu estou de férias — explicou Andrade — E
os garotos não gostam de publicidade. Queremos que essa vitória seja toda sua!
— Eu não preciso de glória, detetive Andrade. Eu preciso do Pantanal. Eu
preciso deste paraíso, vivo, cheio de jacarés, e com os índios caçando livremente por
entre as arvores. A glória não vai me devolver os ninhais destruídos não vai salvar a
cultura indígena, não vai combater as piranhas e repor os jacarés assassinados.
Resposta: Esperavam a chamada para o embarque de volta a São Paulo. Embora sob o
calor de Mato Grosso, Andrade não suava nem um pouquinho. Em volta da mesa da
lanchonete, cercado pelos cinco Karas, ouvia o Senador comentar as últimas
informações da Interpol, recebidas por telex:
— Tia Matilde era tia de todo mundo e não era tia de ninguém. Dizem que foi
uma jovem lindíssima. Já estava viúva de um irmão do avô de Crânio quando foi para
os Estados Unidos casar-se com Don Vitório, um dos mais poderosos capomafiosos do
mundo!
— Herança de macarrão! — gozou Magri. — Tia Matilde herdou foi a fortuna
criminosa do marido e todo o seu poder. A tia-fazendeira do Pantanal! Alegre,
espalhafatosa e toda envolvida em sua cor preferida. Que disfarce melhor para o Ente?
Quem haveria de desconfiar dela?
"Só mesmo estes meus queridos garotos!" — pensou Andrade, orgulhoso
como um pai.
— Bem, o importante é que desbaratamos o crime organizado, pelo menos por
ora — continuou o Senador. — Meus homens invadiram a fazenda Rosa-Pink, por
terra e pelo ar, e conseguimos prender a turma toda.
— No fim das contas — avaliou Crânio — acabei não conhecendo a famosa
fazenda de tia Matilde, Senador.
— A Fortaleza Cor-de-rosa do Crime! — apelidou Chumbinho. — Melhor
mesmo não conhecer...
Crânio olhou para os curativos das mãos, já quase curadas, e sentiu-se na
obrigação de pedir desculpas ao
Senador.
— E eu, que julguei aquele seu discurso, no avião amarelo, como mais uma
forma de encobrir o disfarce do tal Ente... Me enganei redondamente, Senador. Estou
envergonhado...
— Não há razão para isso, garotão. Afinal, vocês resolveram todo o caso,
apesar de as acusações terem começado pelo lado errado. Acho que a minha cara não
inspira muita confiança. Todos vocês desconfiaram de mim...
— Miguel não desconfiou! — Magri olhava com carinho para o líder dos
Karas.
— De todo esse mistério — Miguel mudou de assunto meio sem jeito — vai
restar sempre uma dúvida. Como desapareceu a caixa de slides do professor Elias lá na
sua fazenda, Senador? — perguntou Miguel.
— Se os slides foram roubados por algum agente da Máfia infiltrado na
fazenda - supôs Magri - certamente oram entregues à tia Matilde, A esta hora devem
estar no fundo do Pacifico, junto com o ouro.
— Mas que velha danada! — riu Chumbinho. — Quem poderia desconfiar
dela? Quando Crânio foi capturado ela fez questão de liderar as buscas, para afastar
todo mundo do acampamento do Centurião.
— E, no avião rosa-choque, ela representou melhor do que eu! — lembrou
Calu. - Quando Pepino veio propor o falso ataque ao acampamento do Centurião, a
velha representou como uma profissional. Nem eu desconfiei!
— A conta é minha! — exigiu o Senador, com aquela voz impressionante,
arrancando a conta da lanchonete das mãos do detetive. - Mas vocês têm de me
explicar por que temos de esconder da imprensa, de todo mundo a atuação brilhante de
vocês nesse caso!
— Para todos os efeitos, Senador, eu estou de férias — explicou Andrade — E
os garotos não gostam de publicidade. Queremos que essa vitória seja toda sua!
— Eu não preciso de glória, detetive Andrade. Eu preciso do Pantanal. Eu
preciso deste paraíso, vivo, cheio de jacarés, e com os índios caçando livremente por
entre as arvores. A glória não vai me devolver os ninhais destruídos não vai salvar a
cultura indígena, não vai combater as piranhas e repor os jacarés assassinados
Explicação: