descreva como tá o nível de poluição da baía de Guanabara
Soluções para a tarefa
Edição do dia 26/04/2015
26/04/2015 22h40 - Atualizado em 27/04/2015 00h12
Falta de solução para o lixo na Baía de Guanabara preocupa atletasEm entrevista, Federação Internacional de Vela admite que pode pedir para que todas as competições de vela sejam disputadas em alto mar, fora da baía.FACEBOOKUm monte de peixe morto apareceu recentemente na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde vão ser realizadas as provas de remo nas Olimpíadas de 2016.
Já na Barra da Tijuca, onde está sendo construída a cidade olímpica, a promessa era despoluir a lagoa do vídeo acima. Veja a imagem que o Fantástico fez em um sobrevoo. E é em uma Baía de Guanabara, tomada de lixo e esgoto, que vão ser realizadas as provas de vela. A despoluição da baía foi anunciada como o maior legado para o Rio de Janeiro. Mas faltando pouco mais de um ano para as Olimpíadas, isso não vai acontecer.
Para que serve uma caixa de peixe, se não para carregar peixe? Você vai ver nessa história que ela serviu para outra coisa. Em uma terça-feira de sol um barco a vela navegava na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Breno e Rafael estavam a bordo. Os dois velejadores vinham em alta velocidade até que...
“Eu só consegui ver quando uma caixa verde de plástico boiou na nossa frente e não deu tempo de fazer nada. Do nada aquilo pegou na bolina, na quilha do barco, aquilo freou a gente, ele embicou e já virou”, conta Rafael Sampaio, velejador.
Uma caixa de peixe foi suficiente para virar o barco. Mas na baía se encontra muito mais.
“Um botijão de gás, mochila. Isso é um tênis, que a população joga no mar direto”, mostra um pescador.
São praias de pneus. E faixas de areia em que o lixo só acaba quando acaba a areia. E outras em que só os urubus desfrutam da paisagem.
Há 20 anos o professor Mário Moscatelli estuda a baía. Ele acompanha a equipe do Fantástico em um sobrevoo.
“Os rios que passam pelas regiões urbanizadas, eles se juntam então todo material que é jogado, tanto sendo esgoto e lixo, vão parar inevitavelmente pra dentro da baía”, destaca o biólogo.
Cinquenta e cinco rios que passam por 16 municípios antes de desaguar na Baía de Guanabara. Além do lixo, eles trazem 18,4 mil litros de esgoto por segundo.
“São praticamente mortos. Não tem oxigênio. Devido a carga de esgoto que é jogado dentro dele”, diz o professor.
Não é de hoje que se tenta reverter essa situação. Faz vinte anos. Desde então, o governo do estado do Rio já contraiu empréstimos de cerca de R$ 10 bilhões para recuperar a baía. Uma das promessas mais antigas ouvidas no Brasil.
“Nós vamos utilizar esses recursos se possível nos meus 4 anos”, disse Marcelo Alencar em 1995.
“Estão dentro do cronograma prevista para serem encerradas em 2003”, prometeu Garotinho em 2002.
“Já está atrasada de novo a obra, nós vamos ter que renegociar os prazos e eu quero adiantar e garantir a segunda fase de despoluição”, disse Rosinha em 2003.
Nas cidades do entorno da Baía de Guanabara, são internadas mais 2, 7 mil pessoas por ano com doenças ligadas à falta de saneamento. E em 2013, ano do último levantamento do Ministério da Saúde, foram 22 mortes.
A despoluição da Baía de Guanabara é só para inglês ver. É na casa de Alexandre casa e em outras milhões que vivem assim, que deveríamos estar agora comemorando o legado.