História, perguntado por alguemai7267, 10 meses atrás

descreva como a transformação agrícola impulsionou as mudanças na sociedade feudal.​

Soluções para a tarefa

Respondido por 12Emilly
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Resposta:

Depois do auge do sistema feudal, a Europa, a partir do século XI, observou uma série de transformações que marcaram a chamada Baixa Idade Média. Uma das primeiras mudanças ocorridas esteve ligada com o aumento da produção agrícola, que graças ao incremento de novas técnicas, permitiu uma maior circulação de mercadorias pela Europa. Novas rotas terrestres e marítimas se instalaram chegando a integrar a Europa a outras regiões do Oriente.

Entre os principais centros comerciais desta época destacavam-se as cidades italianas de Veneza e Gênova. A posição privilegiada destas duas regiões permitiu que a Península Itálica, ao longo do tempo, se transformasse em um entreposto entre as cidades comerciais do Oriente e do Ocidente. Ao mesmo tempo em que o comércio se desenvolvia, as ambições da classe mercante medieval veio a buscar o domínio de novas rotas dominadas pelos árabes e judeus.

Além de contar com o controle de rotas comerciais, os árabes representavam uma ameaça à hegemonia da Igreja Cristã. Assim como no cristianismo, a fé muçulmana, praticada pelos árabes, pregava a expansão de suas crenças por meio de constantes investidas militares. Dessa forma, os líderes da Igreja incentivaram a criação de expedições militares que combatessem a expansão muçulmana na Europa. Convocando fiéis e buscando o apoio da classe nobiliárquica, formaram-se exércitos que lutaram pela Igreja.

Utilizando em suas bandeiras e vestes o símbolo da cruz, esses combatentes ficaram conhecidos como cruzados. Ao longo dos séculos XI e XIII várias cruzadas partiram rumo ao Oriente. Algumas das cruzadas contaram com o apoio financeiro dos comerciantes italianos, que viam nessas lutas uma grande oportunidade de controle sobre rotas e feiras comerciais anteriormente dominadas por árabes e judeus. Sendo assim, a cada vitória dos exércitos católicos, novas terras e rotas de comércio eram monopolizadas pelos europeus.

O incremento da produção agrícola, além de ampliar o comércio, também fez com que as populações medievais aumentassem. Os feudos, não mais suportando uma densidade populacional em plena ascensão, perderam muitos dos seus integrantes para as novas cidades medievais. A Idade Média, sendo um período marcado pelo medo dos infortúnios, concebeu cidades muradas, e protegidas com altas torres e pontes movediças.

A expansão comercial e demográfica ampliou as cidades medievais para fora dos limites dos muros. O crescimento do comércio fez com que o eixo das principais atividades econômicas fosse deslocado do campo para as cidades. Os muros que protegiam as cidades e burgos perderam sua importância com a criação das fronteiras nacionais criadas com a ascensão da autoridade monárquica, marcando a transição da Idade Média para a Idade Moderna.

Explicação:

Respondido por lucashdapaixao
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Resposta:

compreende o sistema político, econômico e social que predominou na Europa Ocidental entre o início da Idade Média até a afirmação dos Estados modernos, tendo seu apogeu entre os séculos XI e XIII. O conceito teórico foi criado nos séculos XVII e XVIII pelos advogados franceses e ingleses e popularizado pelo filósofo Charles-Louis de Secondat, barão de Montesquieu.[1]

O feudalismo deve sua formação a uma série de fatores, entre eles a desagregação do Império Romano, o declínio da escravidão e do comércio, a ruralização da população, a formação de múltiplos senhorios e reinos bárbaros independentes, a incapacidade da maioria dos sacro-imperadores romano-germânicos em reconstituir uma unidade política abrangente e eficiente, a supressão do paganismo e o fortalecimento político da Igreja Católica e do movimento monástico. O feudalismo evoluiu lentamente até se tornar o modelo dominante na Europa, e se caracterizou, em sua forma madura, pela regionalização ou encelulamento do poder, ou seja, sua concentração em âmbito local nas mãos de uma aristocracia rural que dominava a terra com grande autonomia, e subjugava a maior parte da população através do poder de dominium. O sistema era garantido pelo monopólio das forças militares pela elite, pelo apoio da Igreja, por uma progressiva sustentação jurídica e ideológica, e por uma forte rede de obrigações entre os senhores feudais e seus vassalos e súditos.[2][3]

A partir do século XIII, com o surgimento de novas monarquias centralizadas e poderosas, a reurbanização da Europa, o reaquecimento e diversificação da economia, entre outros fatores, o sistema iniciou seu declínio, que se acelerou a partir do século XIV com a emergência do proto-capitalismo, a concorrência da burguesia, a substituição de grande parte dos servos por trabalhadores assalariados, a maior laicização da sociedade e grandes mudanças culturais, mas algumas instituições feudais, mais notadamente o feudo propriamente dito, perduraram na Europa até depois do fim do Antigo Regime.[3][4] O sistema foi típico da Europa, onde se desenvolveu com características únicas, mas vários historiadores vem tentando compará-lo com outros sistemas não-europeus, com resultados muito controversos.[3]

Sua imagem pública foi profundamente manchada com as revoluções burguesas, atendendo ao interesse da burguesia em afirmar a legitimidade e superioridade do seu próprio modelo, dissolvendo-se entre os séculos XIX e XX as últimas instituições feudais ainda remanescentes em regiões isoladas da Europa. Devido à negativa propaganda burguesa, por muito tempo o feudalismo foi visto como um sistema autoritário, violento, opressor e explorador, cuja economia era estagnada, cuja política era caótica, e que não tinha flexibilidade para admitir mudanças. Hoje entende-se que precisa ser reavaliado e sua história entendida em suas próprias bases e contexto, e não a partir de projeções judiciosas modernas sobre uma época em que todo o pensamento era diferente. Reconhece-se hoje que o feudalismo foi, também, coerente, dinâmico e adaptável, manteve-se em um estado de contínuo rearranjo sem alterar sua essência, perdurando por muitos séculos, e propiciou o desenvolvimento de novas técnicas e métodos de produção e trocas que impulsionaram um reflorescimento econômico a partir dos séculos XI-XII, com um rico paralelo nas artes, na arquitetura, na literatura e na cultura em geral. No entanto, estudos mais recentes vêm mostrando que o sistema foi muito menos homogêneo do que se pensava, com uma ampla variedade de formas de articulação nas diferentes regiões e ao longo do tempo, gerando um grande debate sobre sua definição e sobre a aplicabilidade dos antigos conceitos sobre o tema.[2][5][

Explicação:

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