Question

Desconstrução do Sujeito: Em aulas anteriores, vimos que a ideia de sujeito envolve um princípio de ação e de conhecimento do mundo. Existe alguma situação particular em que nós não somos percebidos como sujeitos por alguém ou por alguma instituição? Qual seria essa situação? 

Revisão

Acompanhamos até a aula passada a construção da ideia de sujeito a partir da modernidade (Descartes e o sujeito do conhecimento) e, particularmente, durante o iluminismo, com ênfase nas concepções de natureza humana e na

teoria do conhecimento dos autores John Locke, Jeremy Bentham e J. S. Mill. A partir de agora, iremos refletir a respeito da crise dessa construção. 

A derrocada da ideia do sujeito

Para Abbagnano (2012), a ideia de sujeito como fundamento do conhecimento e da ação sofreu abalos na contemporaneidade. Segundo o autor, Karl Marx, Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud anteviram o caráter de “sujeito

sujeitado” por forças incontroláveis pela razão da consciência individual. Sendo estas: as das forças produtivas e das contradições das relações de classe (Marx), das forças irracionais do desejo ou vontade de poder (Nietzsche) ou do inconsciente e suas pulsões (Freud). 

A ideia de sujeito e a filosofia contemporânea (continuação)

De acordo com a filósofa Judith Butler (baseada em Michel Foucault), a ideia de sujeito é condicionada por formações discursivas linguística, jurídica e política.

Assim, os sistemas jurídicos produzem determinado tipo de sujeito por meio do fundamento da representação (que afirma a identidade de alguns e exclui da lei os não representados) e em termos negativos (por meio da limitação do que é ou não possível ou admissível). 

PARTE II

Provavelmente você já ouviu a frase “seja você mesmo”.

Como é possível ser você mesmo se vivemos em uma sociedade em que, a todo momento, são ofertados produtos culturais, químicos e tecnológicos capazes de nos anestesiar, curar supostos defeitos e realizar transformações físicas, a fim de satisfazer aos nossos desejos? 

O poder disciplinar

Para Foucault, o poder tem a função de disciplinar os corpos, no sentido de fabricar indivíduos. Estes compreendem a si mesmos como seres/objetos de controle e de conhecimento. Em outras palavras, o poder explora o potencial dos indivíduos a fim de torná-los dóceis e produtivos. 

Foucault: não existe natureza humana, ou essência do ser

A ideia de sujeito é construção que está fadada ao desaparecimento, uma vez que é produto da conexão entre: I. regras instituídas em formações discursivas ou práticas discursivas e II. práticas extradiscursivas. Isso significa que o sujeito é construção fundada em relações de poder que são arbitrárias e transitórias. 

Cuidado de si: para Michel Foucault, o conceito se baseia na tarefa de escolher deliberadamente o caminho para sermos quem somos, por mais contraditório que isso possa parecer. Para tanto, devemos realizar uma relação da instância do “eu” consigo mesmo. 

Cuidado de si: do grego epimeleia heautou – consiste em uma estrutura que analisa e descreve a subjetividade. Também se trata de um método distinto daquele que prevalece na contemporaneidade para nos tornarmos nós mesmos, uma vez que não é definido apenas ou principalmente pelo (auto)conhecimento do eu. 

Aprende-se a fazer fazendo, a criar criando, a viver vivendo.

A técnica proposta por Foucault para nos tornarmos nós mesmos põe em relevo as artes de viver.

Atividade: Descreva o seu entendimento sobre a Desconstrução do Sujeito .
(15 linhas)



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Answer 1

Nessa atividade você deverá descreva o seu entendimento sobre a "Desconstrução do Sujeito".

Dicas para fazer um bom resumo:

• Leia o texto com bastante atenção, e releia se for preciso;

• Procure pelos pontos fundamentais do texto e pelos conceitos mais relevantes;

• Faça uma organização das ideias principais;

• Agora é só escrever o texto utilizando suas próprias palavras.

• Seja claro.

• Não forneça informações que não estão contidas no texto original, limite-se a ele.

• Divida seu resumo em introdução, desenvolvimento e conclusão.

• Atente-se para a ortografia correta das palavras.

Bons estudos!