Filosofia, perguntado por otakuanimesco, 5 meses atrás

Descartes reflete sobre a confiabilidade de nosso conhecimento em busca de encontrar uma verdade que seja sólida e segura. Tomando como base a reflexão de Descartes explane os passos da dúvida cartesiana e como se alcança a primeira ideia clara e distinta.

Mínimo de 20 linhas.

Por favor me ajudem é pra quinta que vem isso

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Respondido por alessandravieiraunif
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Resposta:

Descartes considera que tudo quanto existe pode ser tomado por duvidoso, aja visto que são muitas as possibilidades para o erro, no entanto, o filósofo afirma que, caso encontre um único conhecimento seguro, este pode servir como base para que se erija o "edifício do conhecimento", o autor assim reflete sobre as fontes mais usuais de engano e apresenta três argumentos, que são: 1) os sentidos são falhos: nossos sentidos produzem ilusões, podemos nos enganar por exemplo ao ver um edifício distante e supor que ele está bem mais perto, ou luzes no ambiente podem nos fazer perceber com imprecisão as cores; 2) o sonho: muitos sonhos parecem vívidos e verdadeiros, por vezes, ao sonhar, nos acreditamos vivendo experiências reais, como distinguir com absoluta certeza a vigília do sonho? 3) a loucura: o louco se percebe em realidades que só existem para sua própria mente perturbada, como saber o que é real e o que é loucura?. Tendo percorrido esta reflexão, Descartes conclui: se me engano, seja pelos sentidos, pelo sonho ou pela loucura, ainda existo eu, o ser que pensa e que ao pensar se engana, é certo, portanto que o eu existe enquanto coisa que pensa. Descartes constrói assim a famosa sentença "penso, logo existo".

Explicação: Essa resposta foi construída de acordo com minhas lembranças da leitura da obra "Meditações Metafísicas", de René Descartes. A afirmação "Penso, logo existo" é uma das frases mais conhecidas da Filosofia. Descartes afirmava que o ser pensante era uma certeza primeira e incontestável, partindo desta poderia se chegar a outras tantas, mas todo conhecimento que fosse ainda duvidoso deveria ser tido por falso, assim, apenas o incontestável poderia ser reconhecido como verdadeiro. Este modo de pensar resultou em problemas para Descartes com o cristianismo.


alessandravieiraunif: ao escrever acima esqueci um argumento importante entre aqueles elencados por Descartes, o "gênio maligno", outra fonte possível para engano seria a existência de um ser, superior, onipotente e maligno, que cria ilusões visando me manter prisioneiro de uma falsa realidade, preso pelo próprio engano. Este argumento ajuda a exacerbar as dúvidas sobre o que é real, mas a conclusão ainda é a mesma: o eu existe enquanto ser que pensa, pois se pode haver qualquer engano é porque exista um eu pensando.
otakuanimesco: MUITO OBRIGADO!!!! :D
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