História, perguntado por adelgicioribeiro, 5 meses atrás

Desafio Entre os antigos, em algumas sociedades, a prática de infanticídio era comum. Ocorria por razões diversas: para evitar o resultado de uma profecia, para esconder um ato social ou religiosamente não permitido, porque a criança nasceu com deficiência, etc. Esses são alguns exemplos de motivos para a prática em si, registrados em lendas e literaturas, em alguns casos confirmados pela arqueologia. Diferente situação ocorria com relação aos sacrifícios humanos, em geral, realizados em rituais de cunho religioso por exigência de um deus, como agradecimento ou moeda de troca. É necessário lembrar que para aquelas populações e culturas, tais atos, infanticídios e sacrifícios, eram práticas normais no contexto cultural em que viviam. Imagine que, como professor de História, você tenha sido convidado a participar de um seminário ou simpósio sobre História Antiga e a apresentar uma comunicação em uma mesa dividida com mais dois colegas e seu tema seja o "sacrifício humano na antiguidade mediterrânica". Para a comunicação (15 minutos), você deverá compor um texto sobre a prática de sacrifícios humanos na antiguidade mediterrânica utilizando exemplos da prática do sacrifício entre pelo menos dois povos da antiguidade, podendo os exemplos ser provenientes da literatura e da mitologia antiga ou de estudos históricos e arqueológicos.

Soluções para a tarefa

Respondido por geriannordestina
9

Resposta:

Padrão de resposta esperado

Na antiguidade, a prática de orações, cânticos, hinos, procissões, festivais religiosos, oferendas e sacrifícios aos deuses eram comuns, e algumas sociedades praticavam sacrifícios humanos. Os sacrifícios eram realizados por obrigação religiosa, para aplacar a ira dos deuses ou para agradecer ou persuadir os deuses a propiciarem o que se desejasse. Também podiam ser considerados como “preço de sangue” a ser pago ao deus ou ao inimigo que o representava. Dentre os povos mediterrânicos que praticavam sacrifícios humanos estão os egípcios e os gregos

No Egito Antigo, os faraós praticavam uma religião funerária e acreditavam numa vida melhor na pós-morte para aqueles que conseguissem passar pelo julgamento de Amenti, em que o coração do morto era pesado e deveria ser mais leve que uma pena para que ele pudesse entrar no reino de Osiris seguindo em direção à próxima vida.

Por isso, pensando em seu conforto na pós-vida, inicialmente, faraós e outros poderosos egípcios levavam para suas tumbas ou pirâmides, além de seu enxoval mortuário (móveis, roupas,  ouro, riquezas, comidas, bebidas, etc.), os servos (que eram enterrados  vivos na tumba junto ao morto) para servi-los na próxima vida. Assim sendo, o sacrifício humano era parte da crença religiosa que incluía uma outra vida, a pós-vida em que tudo era melhor, de qualidade e em quantidade superior. Os servos sacrificados com o seu senhor, fosse este o faraó ou outro morto, seriam ressuscitados também para servi-los no além.  

Posteriormente, os egípcios passaram a utilizar Ushabtis em substituição dos servos vivos. Os Ushabits são pequenas estatuetas que passaram a representar os servos, os seus trabalhos e as diversas funções realizadas para os seus senhores na próxima vida.

Entre os gregos, um exemplo famoso de sacrifício humano é o ocorrido durante a Guerra de Troia.  A literatura homérica registra que, estando os gregos prontos para ir guerrear contra Troia, uma calmaria se faz e os navios ficam parados. Questionando ao sacerdote sobre o motivo, Agamenon, o líder dos gregos, é informado de sua culpa porque anteriormente  despertara ira de Ártemis, a deusa da caça,  pois havia matado uma corsa a ela consagrada e se vangloriado disso. Ele então fizera uma promessa à deusa. Prometera à Ártemis (sem saber da gravidez de sua esposa Clitemnestra) sacrificar a mais bela menina nascida em seu reino, Micenas, no ano em que Ifigênia nasceu. Mas à época não tivera coragem de sacrificar a própria filha recém-nascida. Lembrado disso, sabendo da ira da deusa, cumpre o prometido e sacrifica sua própria filha, Ifigênia, a Ártemis para aplacar a ira e para que os gregos vencessem a guerra.  Nenhum apelo, fosse da esposa Clitemnestra ou mesmo de Aquiles, foi capaz de demover Agamenon da ideia de que sacrificar sua filha era válido/necessário  para vencer a guerra, mesmo porque havia muitas cobranças e, a tal altura, os gregos, dadas suas crenças, não o seguiriam se não cumprisse a promessa, exigiriam seu cumprimento.

Esses são dois entre muitos exemplos em que a literatura, a mitologia e a arqueologia nos mostram sobre a religião, a política e os sacrifícios humanos realizados para os deuses na antiguidade.

Explicação:

Está lá na FCE.

Respondido por vanessamarques2510
0

Resposta:

Explicação:Desafio Entre os antigos, em algumas sociedades, a prática de infanticídio era comum. Ocorria por razões diversas: para evitar o resultado de uma profecia, para esconder um ato social ou religiosamente não permitido, porque a criança nasceu com deficiência, etc. Esses são alguns exemplos de motivos para a prática em si, registrados em lendas e literaturas, em alguns casos confirmados pela arqueologia. Diferente situação ocorria com relação aos sacrifícios humanos, em geral, realizados em rituais de cunho religioso por exigência de um deus, como agradecimento ou moeda de troca. É necessário lembrar que para aquelas populações e culturas, tais atos, infanticídios e sacrifícios, eram práticas normais no contexto cultural em que viviam. Imagine que, como professor de História, você tenha sido convidado a participar de um seminário ou simpósio sobre História Antiga e a apresentar uma comunicação em uma mesa dividida com mais dois colegas e seu tema seja o "sacrifício humano na antiguidade mediterrânica". Para a comunicação (15 minutos), você deverá compor um texto sobre a prática de sacrifícios humanos na antiguidade mediterrânica utilizando exemplos da prática do sacrifício entre pelo menos dois povos da antiguidade, podendo os exemplos ser provenientes da literatura e da mitologia antiga ou de estudos históricos e arqueológicos.

Perguntas interessantes