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REPORTAGEM : Oito meses após o início do lockdown, como está a educação? Qualquer pessoa
que tenha filhos sabe que um dos públicos mais impactados pela pandemia são as crianças
e adolescentes. Sem poder ir à escola, estão sendo privados de mais do que apenas sua
educação. Sem horário escolar estruturado, perdem a rotina e a convivência com amigos.
Há também aqueles que dependiam da merenda escolar como única refeição nutritiva do
dia. Segundo o estudo "Educação em Pausa" produzido pela UNICEF sobre os impactos
da Covid-19 na educação, mais de 137 milhões de crianças e adolescentes na América
Latina viram seus processos educacionais serem pausados. O relatório também apresenta
um panorama da realidade brasileira: 4 milhões de estudantes do ensino fundamental
(14,4%) estavam sem acesso a nenhuma atividade escolar.
Nas favelas, as estatísticas são ainda piores. De acordo com uma pesquisa
realizada pelo DataFavela, 55% dos estudantes de favelas do Brasil estão sem estudar
durante a pandemia, por motivos que incluem falta de local adequado de estudo, má
conexão com a internet, ausência de dispositivos adequados e a distância dos professores.
Há um sentimento de desesperança entre moradores de comunidades: a pesquisa do
DataFavela aponta que 75% dos pais e mães de alunos tem medo da possibilidade de seus
filhos perderem o ano; 47% dos estudantes temem querer desistir da escola se não
conseguirem acompanhar as aulas remotas; 71% dos pais se sentem muito inseguros em
mandar as crianças de volta para a escola presencialmente; e 90% acreditam que as
escolas não vão estar preparadas para um retorno seguro. [...]
A CUFA (Central Única das Favelas) lançou a campanha "Alô Social", que
distribuiu 500 mil chips de celular em quase 5 mil favelas em todo o Brasil, o maior
projeto de conectividade feito nesses territórios. O objetivo dessa ação é democratizar o
acesso à comunicação e internet, impactando 4 milhões de pessoas até junho de 2021. De
acordo com Celso Athayde, fundador da CUFA, a pandemia causou grandes impactos
negativos em toda a sociedade, mas em especial na parcela da população que tinha menos
possibilidade de se proteger. As mais vulneráveis nesses territórios são as mulheres, e
entre elas as mães, e por isso a CUFA concentrou seus esforços de combate a Covid nas
mães da favela. "Sabemos que há uma grande desigualdade social no Brasil, e, além disso, uma grande desigualdade digital. Nesse momento em que as escolas estão fechadas, essa
desigualdade grita, pois parte dessa população não tem condição de acompanhar os
conteúdos que estão sendo disponibilizados", conta Celso. O Alô Social surgiu para
contribuir com que 500 mil mães possam estar conectadas para empreender ou aprender
e seus filhos estarem conectados para não perder o ano letivo.
O Instituto Alicerce lançou a campanha "Educação na Pandemia", que já
distribuiu mais de 2.000 bolsas de estudo para reforço escolar remoto ao vivo e com aulas
planejadas de forma personalizada. Criado para ser um programa de complementação
escolar e nivelamento acadêmico presencial, o Alicerce precisou se adaptar com a
pandemia criando o Alicerce em Casa, oferecendo apoio e suporte para alunos e pais.
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Resposta:o o que mais me chamou atenção foi que em pleno século XXI ainda tem tanta desigualdade nesse mundo,pela sorte desses alunos tem a Campanha"educação na pandemia"vai ajudar muita gente.
Explicação:espero ter ajudado
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