De um ponto de vista narrativo, há alguns personagens planos na narrativa, entretanto, de um ponto de vista estrutural e de análise, os personagens principais da narrativa, sem dúvida, são apenas dois, por sinal, os redondos: Robinson Crusoé e Friday (Sexta-Feira). Dessa forma, leia os textos I e II considerando a relação entre esses dois personagens e, na sequência, assinale a alternativa correta. TEXTO I A relação entre mestre e discípulo idealizada por Defoe, retratada entre Crusoé e Friday (Sexta-feira), também pode ser vista em termos de imperialismo cultural. Crusoé representa o "iluminado" europeu, enquanto Friday é o "selvagem" que só pode ser resgatado de sua forma ‘bárbara’ e ‘primitiva’ de vida através da assimilação da cultura de Crusoé, ou seja, pela aculturação, o que acontece na narrativa, visto que Crusoé ensina Friday a língua inglesa e o converte ao cristianismo. Por isso, TEXTO II Robinson Crusoé juntamente com The Tempest são obras literárias comumente observadas nos estudos pós-coloniais (BONNICI, 2000), pois apresentam a mentalidade imperialista britânica já nos séculos XVII e XVIII, que vê na superioridade cultural europeia (inglesa) pressupostos para inferiorizar outras culturas, consideradas primitivas e selvagens, tendo assim, motivos para dominá-las.
Alternativas:
Alternativa 1: O texto II expressa uma justificativa e confirma a ideia do texto I. Alternativa 2: O texto I apresenta uma causa, contudo, as consequências apresentadas no texto II não se relacionam ao texto I.
Alternativa 3: O texto I e o texto II não apresentam uma relação entre si, pois as informações do texto II são falsas.
Alternativa 4: O texto I e o texto II não apresentam relação entre si, pois as informações do texto I são falsas.
Alternativa 5: O texto I e II são falsos, portanto não apresentam relação entre si.
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A alternativa correta é a Alternativa 1: O texto II expressa uma justificativa e confirma a ideia do texto I.
Robinson Crusoé é o verdadeiro símbolo do imperialismo britânico. Crusoé realmente é a prototipia do colonizador europeu, ainda mais em relação ao nativo nomeado Friday (Sexta-Feira) (nomear é ser dono do que se nomeia, e dar um nome de um dia da semana ao nativo é negar-lhe uma identidade,
No discurso de Crusoé, é perceptível sua mentalidade mercantil e colonialista, tanto o é que, no final do romance, a ilha é explicitamente referida como uma colônia.
Espero ter ajudado.
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