Pedagogia, perguntado por fabiblk49, 11 meses atrás

De que maneira a pesquisa-ação pode favorecer avanços na formação dos professores e na melhoria do ensino na escola?

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Respondido por wwwrebecca1p538zg
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RESUMO

O presente artigo tem por objetivo discutir aspectos teóricos e metodologicos da contribuição da pesquisa-ação na formação do professor da educação básica. É parte de uma investigação mais ampla chamada “A pesquisa como instrumento de formação docente”. Para a discussão teórica tem-se por base as idéias de Stenhouse (2002,2007), Elliott (2005), Franco e Lisita (2008), Zeichner (1993); Liston e Zeichner (2003), Zeichner e Pereira (2002), Pimenta(2005) e Ibiapina ( 2008 ). Os principais achados da investigação indicam que a formação docente vem sendo discutida em perspectivas teóricas que se contrapõem a modelos formativos fundamentados na racionalidade técnica. Indicam também a necessidade da implementação de novos modelos que possam conduzir à criticidade, autonomia no exercício da profissão e, consequentemente, à emancipação humana. A resistência à forma de encarar o professor como técnico aparece sob diversas faces, há o reconhecimento de que os profissionais produzem teorias que os ajudam a tomar decisões no contexto prático, a exemplo: tivemos a teoria do professor reflexivo e a pesquisa-ação aplicada à educação que concebe o professor como um pesquisador. É certo que, quando se fala em professor pesquisador, falta um consenso em torno do que vem a ser professor pesquisador e dos desafios metodológicos para a sua formação. A concepção de professor pesquisador emergiu dessa necessidade. Nos aspectos conclusivos da investigação fica evidente que as iniciativas de pesquisa-formação podem contribuir para superação parcial dessa realidade na medida em que contribuem para a formação do professor, tornando-o sujeito de um processo colaborativo de investigação, o que consiste num processo de conscientização a respeito do que ele faz, porque faz, como faz e para que faz.
Palavras chave: Pesquisa. Formação de professores. Professor pesquisador. Pesquisa- ação crítico-colaborativa.
Introdução
O presente artigo é um recorte de uma dissertação de mestrado apresentada no Curso de Mestrado Acadêmico em Educação, da Universidade Estadual do Ceará- UECE. Trata-se de uma investigação realizada com professores da educação básica do Iborepi, distrito do município de Lavras da Mangabeira, Ceará. Sua problemática está centrada na relação entre a formação do professor que atua na educação básica e a pesquisa. Essa discussão é relevante pois tem se apresentado como um dos temas mais refletidos no âmbito da educação, especificamente no tocante à formação de professores.

fabiblk49: Tem o link para pesquisa?
faloira2016: http://www.infoteca.inf.br/endipe/smarty/templates/arquivos_template/upload_arquivos/acervo/docs/2662d.pdf
fabiblk49: obrigada
Respondido por faloira2016
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A pesquisa-ação tem sido uma das formas de resistência à racionalidade técnica educacional, ou seja, a partir da ação de pesquisar, o professor passa a assumir um papel fundamental no processo de mudança de paradigma, contribuindo para novas formas de compreender o conhecimento, de aprender e de ensinar. A autora afirma que, por meio da investigação-ação, o professor passa de objeto a sujeito do conhecimento, pois é competente e capacitado para formular questões relevantes no âmbito da sua prática (FORMOSINHO apud PIMENTA et all, 2006). Assim, o professor se sente desafiado a participar de um processo colaborativo de investigação, o que consiste num processo de conscientização a respeito do que ele faz, porque faz, como faz e para que faz.

Henson (apud KISHIMOTO, 2004) afirma que a função do professor pesquisador é realizar pesquisa sistemática e intencional, de forma que isto o instigue a examinar rigorosamente sua própria prática, visando o desenvolvimento profissional. Franco e Lisita (2008) corroboram quanto ao aspecto do caráter crítico quando falam do potencial pedagógico da pesquisa-ação na formação docente, as autoras enfocam que ela fornece pressupostos que fundamentam a formação do professor, tornando-o um “intelectual crítico, (...) autônomo que busca no conhecimento qualificado as possibilidades para renovar e inovar em sua prática educativa”. (FRANCO e LISITA, 2008, p.43)

Percebemos que a pesquisa-ação tem um caráter formativo-emancipatório, dando “sustentação às concepções que referendam a necessidade e a possibilidade de formação do professor pesquisador” (FRANCO e LISITA, 2008, p.43). Para que isso ocorra, é necessário a superação das perspectivas técnica e prática da pesquisa-ação, para tomar um postura crítica e emancipatória comprometida com a produção de conhecimento sobre a realidade social e visando a sua transformação.

Enfim, para que a pesquisa-ação possa contribuir efetivamente na formação crítica do professor, é necessário que ela assume essas duas características fundamentais, crítica e colaborativa, saindo assim da mera descrição e compreensão da realidade partindo para a transformação, “sempre concebida em relação à prática – ela existe para melhorar a prática” (PIMENTA, 2005, p.18).

Fonte: http://www.infoteca.inf.br/endipe/smarty/templates/arquivos_template/upload_arquivos/acervo/docs/2662d.pdf

A pesquisa-ação, parte do pressuposto que o educador deve desenvolver a teoria, utilizando todos os instrumentos necessários para colocar em prática a observação. Deste modo, esse tipo de ação é evidenciada tanto em sua formação acadêmica quanto na execução como educador, pois toda prática deve partir da teoria em princípio, e, os avanços são favorecidos quando ambos os lados dialogam de maneira equilibrada, melhorando assim a forma de ensino na instituição.


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