De que forma o Iluminismo foi um elemento que deu base as revoluções burguesas?
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O século XVIII conheceu várias revoluções. A Revolução Industrial, a Revolução Francesa e também a
Revolução Intelectual. O auge da Revolução Intelectual em filosofia de deu com o Iluminismo, também chamado de
“Ilustração” ou “Filosofia das Luzes”. Esse movimento iniciado na Inglaterra e rapidamente difundido pelo norte da
Europa, condenava o Antigo Regime, combatendo assim o absolutismo monárquico, que era considerado um
sistema injusto por impedir a participação burguesa nas decisões políticas e impedir a realização de seus ideais.
Combatia também o mercantilismo, que impedia à livre iniciativa e o desenvolvimento espontâneo do capitalismo e,
o poder da igreja, pois esse poder baseava-se em verdades reveladas pela fé. Isso se chocava com a autonomia
intelectual defendida pelo racionalismo iluminista.
As suas idéias tinham por base o racionalismo, isto é, a primazia da razão humana como fonte do
conhecimento. Os Iluministas sonhavam com um mundo perfeito, regido pelos princípios da razão, sem guerras e
sem injustiças sociais, onde todos pudessem expressar livremente seu pensamento. Visto pelos intelectuais como um
movimento que iluminava a capacidade humana de criticar e almejar um mundo melhor, transformou o século XVII
no Século das Luzes. Os iluministas teorizavam sobre um mundo novo que correspondia ao início da Revolução
Industrial e que seria completado com a Revolução Francesa. As raízes do Iluminismo estão no progresso científico
advindo do Renascimento. Esse movimento repercutiu sobre todo o mundo. Antes mesmo de influenciar a
Revolução Francesa, que estava por vir, teve influências sobre a Revolução Americana, que resultou na formação
dos Estados Unidos.
A principal característica das idéias iluministas, era a explicação racional para todas as questões que
envolviam a sociedade. Em suas teorias, alguns pensadores iluministas, como filósofos e juristas, preocuparam-se
com as questões políticas, sociais e religiosas, enquanto outros, como os economistas, procuraram uma maneira de
aumentar a riqueza das nações. De modo geral, esses pensadores defendiam a liberdade, a justiça, a igualdade social
e Estados com divisão de poderes e governos representativos. Acreditavam que esses elementos eram essenciais
para uma sociedade mais equilibrada e para a felicidade do homem.
Os principais pensadores iluministas no campo do liberalismo social foram: Voltaire, Montesquieu e
Rosseau. E no campo econômico: Quesnay e Smith.
François-Marie Arouet (1694-1778), ou Voltaire, simboliza o Esclarecimento mais ou menos como Lutero
simboliza a Reforma e Leonardo da Vinci, a Renascença Italiana. Voltaire é mais conhecido como um campeão da
liberdade individual. Considerava como totalmente bárbaras todas as restrições à liberdade de expressão e de
opinião. Expressando isso com uma famosa frase, amiúde citada como o mais alto exemplo de tolerância intelectual:
“Não concordo com uma única palavra do que dizei, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo”.
Se havia, porém, uma forma de opressão que odiasse, esta era a tirania da religião organizada. Voltaire
trovejou contra a crueldade da igreja em torturar e queimar homens inteligentes que se atreveram a por em dúvida os
seus dogmas. Defendia a liberdade de religião e de pensamento, bem como a igualdade perante a lei. A burguesia
francesa simpatizava com suas idéias, pois estas se adequavam às suas necessidades. Crítico dos privilégios de
classe, foi apelidado de o "filósofo burguês". Ele não defendia o direito das camadas populares, por achar que eram
inferiores. Julgava que os países atrasados deveriam ter um governo absolutista esclarecido, e os mais avançados um
governo republicano e liberal.