De que forma é feita a divisão do dinheiro ganho com a venda do lixo? Todos os cooperados recebem parcelas iguais?
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Resposta:
RESUMO
O objetivo desta pesquisa é analisar o trabalho realizado na Cooperativa Recicla Conquista sob a ótica
dos cooperados. A escolha do tema foi motivada pelo anseio de averiguar a autogestão da Cooperativa
após o fim do “lixão” e a realocação dos antigos “catadores de lixo”. Para dar sustentação teórica ao
trabalho, foram utilizadas as obras de autores, como: Aligleri et al (2009), Abtich et al (2012),
Barbieri (2011), Gadotti (2009), Pinho (2007) e Dias (2007). Foram utilizados dois instrumentos de
coleta de dados, os quais facilitaram a escolha de informações: a pesquisa qualitativa, por meio de
entrevista semiestruturada e a pesquisa quantitativa, sendo dinamizada por questionários estruturados.
Os resultados revelam que a Cooperativa em estudo, apesar de trazer nítidas contribuições para o meio
ambiente e de oferecer uma fonte de renda para várias famílias, apresenta várias falhas de autogestão,
oferece baixa remuneração. Além disso, muitos dos cooperados não usam os Equipamentos de
Proteção Individual- EPI’s necessários à realização do trabalho previne acidentes e exposição a
condições insalubre e doenças o qual evidencia a falta de educação cooperativista.
Palavras-chave: Gerenciamento de resíduos; Coleta seletiva; Cooperativismo.
1. INTRODUÇÃO
A sociedade urbana contemporânea está cada vez mais voltada para o consumismo, o
que aumenta a produção de resíduos nas cidades. A maior parte dessa produção é de difícil
decomposição e, apesar de algumas organizações já estarem mudando suas políticas e
voltando-se às necessidades ambientais, o processo de coleta seletiva e a destinação adequada
dos resíduos não são tarefas fáceis. No entanto, existem ações, como a coleta seletiva, que
podem minimizar os danos causados ao meio ambiente, gerar renda e promover a inserção
social.
A gestão de resíduos sólidos é de fundamental importância tanto para a sociedade
como para o meio ambiente, pois, muitas vezes o lixo descartado de forma inadequada
ocasiona vários impactos negativos, como o aumento do volume dos lixões e/ou aterros, além
de problemas ao meio ambiente e à saúde da população.
A coleta seletiva é apenas o primeiro passo para minorar os impactos da ação
antrópica sobre o meio ambiente. Oliveira (2016) ressalta que a coleta seletiva deve ser
implementada pela ótica da responsabilidade compartilhada, pois, para o funcionamento desse
instrumento, faz-se necessária a parceria de esforços conjuntos entre poder público, setor
empresarial e, especialmente, os geradores de resíduos.
As cooperativas de catadores de materiais recicláveis, por meio do resgate de pessoas
que trabalhavam em lixões, possibilitam a inserção social e a melhoria da qualidade de vida
dos catadores. Segundo Zaneti et al. (2006), os resíduos não representam apenas um
dividendo ambiental, mas, sobretudo, uma alternativa para alguns. Para Dias (2007), a
disposição de catadores em formato de cooperativas permite a valorização profissional, em
relação ao trabalho do catador, bem como a inclusão social, o exercício da cidadania e a
remoção dos catadores dos lixões e aterros. As cooperativas de coleta seletiva possibilitam,
portanto, uma organização no trabalho que, além de melhorar as condições dos catadores,
contribuem para o desenvolvimento sustentável.
No entanto, Strauch e Albuquerque (2008) alertam que tirar pessoas do lixão para
colocá-las em uma cooperativa não é fácil. É preciso, antes, entender a sua realidade, a sua
cultura, história de vida, e ter a sensibilidade de perceber que as pessoas que estavam
acostumadas a trabalhar por conta própria, sem horário ou chefe, e que sofreram vários
revezes na vida, talvez não se acostumem a horários fixos, uniformes e regras de como e o
que fazer.
Em Vitória da Conquista, o Projeto da Cooperativa de Catadores Recicla Conquista
LTDA visa, segundo os princípios das cooperativas, a inclusão social e econômica dos
catadores de materiais recicláveis. Diante da política de erradicação do lixão do município e
construção do aterro sanitário, dezenas de famílias ficaram desamparadas. A cidade possui a
6ª maior economia da Bahia, apresenta um comércio dinâmico, variados serviços
educacionais e de saúde que contribuem para o desenvolvimento desses setores. A
Microrregião de Vitória da Conquista é formada por 17 municípios e com uma população
estimada de 348.718 habitantes de acordo estimativa do IBGE (2017), além disso, o
município atende a população das cidades circunvizinhas, ocasionando um crescimento
Explicação: