De que forma conseguimos registrar o tempo espaco e som?
Soluções para a tarefa
Resposta:
A partir de meados da década de 1970, na fronteira entre as artes visuais e a música,
assistimos à emergência de uma forma de arte na qual o som é utilizado de modo peculiar, num
processo que se aproxima mais de um contexto expandido de escultura e criação plástica do que dos
modos tradicionais de criação musical. Esse repertório, caracterizado pelo intercâmbio entre as
artes, mesclando música, artes plásticas e arquitetura, passou a ser designado como arte sonora
(sound art). A diversidade das obras abrigadas sob esse termo colocam em questão uma
caracterização precisa desse repertório e, apesar da expressiva produção realizada especialmente na
última década, ainda é discutível se a arte sonora pode se estabelecer como um gênero ou categoria
artística independente, ou se essas obras situam-se na relação da música com outras artes
estabelecidas por diferentes movimentos experimentais que ocorreram no século XX.
Neste artigo pretendemos investigar e elucidar algumas das abordagens do espaço e do
tempo em exemplos de “gêneros” da arte sonora, tais como as instalações sonoras e as esculturas
sonoras, indicando aproximações e afastamentos com concepções de espaço e tempo na música.
Enquanto na música, o som é usado na construção de um discurso cujo encadeamento é
essencialmente temporal, nos trabalhos de arte sonora as relações com o tempo não são
fundamentais na concepção da obra cujo repertório une, de modo híbrido, outras fontes materiais,
tais como luz, cor, espaço arquitetônico, objeto. Por outro lado, a relação com o espaço, ocorre de
modo inverso. Se por um lado essa relação tem um papel secundário na música, na arte sonora ela é
fundamental.
Explicação: