De que forma a pandemia do Coronavírus (Covid-19) pode afetar a economia mundial? Cite três exemplos.
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Para tentar conter a pandemia do novo coronavírus, boa parte da população mundial foi submetida a medidas de isolamento, que incluíram fechamento de escolas e do comércio, interrupção da produção industrial e fechamento de fronteiras.
Na China, onde o surto começou, embora a maior parte das atividades já tenham sido retomadas, o PIB caiu 6,8% no 1º trimestre, na primeira contração desde 1992, quando dados trimestrais oficiais do PIB começaram a ser publicados no país.
Já a economia da zona do euro encolheu 3,8% no 1º trimestre de 2020, o maior declínio trimestral já registrado pela série histórica iniciada em 1995.
Os impactos da pandemia da economia levaram a Organização Mundial do Comércio (OMC) a prever que comércio global recuará em até 32% neste ano.
Houve simultaneamente um choque de oferta, por meio da quebra de cadeias globais de produção, e de demanda, com as famílias parando de consumir ou comprando menos, quer seja por queda da renda ou por medo de recessão.
Viagens, negócio e eventos também foram cancelados o mundo todo, incluindo a Olimpíada de Tóquio, que seria realizada entre 24 de julho e 9 de agosto próximos, foi adiada para 2021.
A pandemia de coronavírus vai levar a economia mundial a registrar em 2020 o pior desempenho desde a Grande Depressão de 1929, segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI). O órgão passou a estimar que o Produto Interno Bruto (PIB) global deve recuar 3% neste ano.
A projeção do FMI é a de que os país mais ricos tenham uma retração na atividade de 6,1%, enquanto a atividade dos países emergentes e das economia em desenvolvimento deve recuar 1%. Para os EUA, a estimativa é de uma retração de 5,9%. Já para a China a previsão é de uma alta de 1,2%, após um crescimento de 6,1% em 2019.
O FMI projeta que 80% dos países vão apresentar recuo da atividade econômica (154 países em 193) em 2020. Tomando como base todos os países da amostra do FMI, em 2009, 47% dos países tiveram retração (91 países em 192), segundo levantamento do Ibre/FGV.
Entre os países que já entraram em recessão técnica ao acumular dois trimestres seguidos de retração estão Alemanha e Japão.
A pandemia tem provocada perdas históricas nas bolsas. Nos EUA, as bolsas registraram o pior 1º trimestre desde 1987. No mundo, estima-se aproximadamente US$ 14 trilhões em valor de mercado perdidos.
Entre as ações mais afetadas estão as de companhias aéreas, empresas do setor de turismo, tecnologia e automóveis, mas com o derretimento dos mercados, todos os setores perderam valor de mercado e passaram a rever as projeções e resultados para o ano.
O temor de uma recessão global tem levado os bancos centrais a reduzirem as taxas de juros e a anunciar medidas bilionárias de estímulo e de socorro. Diversos governos passaram a liberar grandes quantidades de dinheiro para reduzir os impactos da pandemia.
Os preços do petróleo, que já estavam em queda em meio a baixa demanda por combustíveis, derreteram em abril após Arábia Saudita e Rússia iniciarem uma guerra de preços por maior participação no mercado de petróleo, levando o preço do barril do tipo Brent para menos de US$ 20.