ENEM, perguntado por JuniorSouza9602, 11 meses atrás

de acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base prática de escrita para o letramento no ensino superior e com os conceitos de heterogeneidade e preconceito linguístico, uma determinada variante de uma língua é considerada incorreta:

Soluções para a tarefa

Respondido por robertocaespaoh44
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Resposta:

Explicação:

A variedade linguística destes alunos não se enquadrava nos moldes empregados pelas

escolas, ao passo que as instituições de ensino defendiam a homogeneidade linguística propagada

através dos ensinamentos da gramática tradicional, ou seja, do padrão culto, causando um

conflito linguístico para o qual as escolas e professores não estavam preparados; sendo mais

cômodo ignora-lo e permanecer seguindo os parâmetros gramaticais de correção.

XVII CONGRESO INTERNACIONAL ASOCIACIÓN DE LINGÜÍSTICA Y FILOLOGÍA DE AMÉRICA LATINA (ALFAL 2014)

João Pessoa - Paraíba, Brasil

#2928

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Para esses falantes, “a escola passa a ser uma espécie de ‘colônia correcional’, coercitiva,

instrumento de ajuste social” (MATOS E SILVA, 2004, p. 73). Os alunos precisam corrigir a sua

forma de falar e escrever, visto que não seguiam o padrão da sociedade dominante, castradora das

mudanças e variações linguísticas em detrimento do conservadorismo elitizante. Matos e Silva

(2004, p.74) complementa dizendo que “a gramática tradicional reforça o ‘dialeto da elite’, reforça padrões e uso que são próprios a uma classe dominante, que seu ensino (quer bem ou mal

feito) faz silenciar os outros usos”.

O ensino tradicional e coercitivo estimula, pois, o preconceito linguístico e a fala de

pessoas pertencentes a classes sociais menos prestigiadas passa a ser estigmatizada e

desvalorizada. Ao passo que a escola, “detentora de todo saber e cultura”, defendia a variedade

padrão, sendo todas as outras variedades um problema social e uma manifestação de

inferioridade.

As variantes linguísticas dos alunos de classes populares eram consideradas deficientes, o

português pronunciado por eles era considerado “errado”, tendo a escola, conforme Coelho

(2007), como principal função, “enquadra-los” à norma-padrão da língua portuguesa, ignorando

os usos linguísticos e estimulando o mito da língua única.

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