De acordo com o Relatório do Desenvolvimento Humano 2007/2008, nas próximas décadas, as alterações climáticas globais influenciarão a produção agrícola de muitos países. Observe no gráfico acima as projeções para o ano de 2080.
Com base nessas informações, avalie as afirmativas a seguir:
I. A produção agrícola mundial será muito afetada.
II. O potencial agrícola poderá aumentar 8% nos países desenvolvidos.
III. O potencial agrícola dos países em desenvolvimento será mais afetado do que o dos países ricos.
IV. Entre todas as regiões consideradas, a África será a mais afetada.
É correto o que se afirma em:
II, III e IV, somente.
I, II e III somente.
I, II, III e IV.
III e IV, somente.
II e IV, somente.
Soluções para a tarefa
Resposta:
v
Prefácio
As alterações climáticas são um facto cientí= co
incontestável. Não é fácil de prever com precisão o
impacto inerente às emissões de gases com efeito de
estufa, e há muita incerteza cientí= ca no que respeita
à capacidade de previsão. Mas sabemos o su= ciente
para reconhecer que estão em jogo sérios riscos, po-
tencialmente catastró= cos, incluindo o degelo das ca-
lotes glaciares na Gronelândia e na Antártida Oci-
dental (o que deixaria muitos países submersos) e as
alterações no curso da Corrente do Golfo, signi= can-
do alterações climáticas dramáticas.
A prudência e a preocupação com o futuro dos
nossos = lhos e dos seus = lhos exigem que actuemos
agora, como forma de seguro contra possíveis e signi-
= cativas perdas. O facto de não conhecermos as pro-
babilidades de tais perdas, ou quando terão lugar, não
é um argumento válido para não tornarmos medidas
de precaução. Sabemos que o perigo existe. Sabemos
que os danos causados pela emissão dos gases com
efeito de estufa serão irreversíveis por muito tempo.
Sabemos que os danos aumentarão por cada dia em
que não actuarmos.
Mesmo que vivêssemos num mundo onde todos
tivessem o mesmo nível de vida e sofressem o impacto
causado pelas alterações climáticas da mesma forma,
teríamos, ainda assim, de agir. Se o mundo fosse um
único país, e os seus cidadãos usufruíssem do mesmo
nível de rendimentos, e todos estivessem mais ou me-
nos expostos aos efeitos das alterações climáticas, a
ameaça de aquecimento global podia ainda, no = nal
deste século, provocar danos substanciais ao bem-es-
tar e prosperidade humanos.
Na verdade, o mundo é um lugar heterogéneo: as
pessoas têm diferentes níveis de rendimentos e rique-
za, e as alterações climáticas irão diferenciar as regiões
afectadas. Para nós, esta é a razão que nos deve levar a
actuar rapidamente. As alterações climáticas já afec-
tam, em todo o mundo, algumas das comunidades
mais pobres e vulneráveis. Um aumento mundial de
3ºC na temperatura média nas próximas décadas (em
comparação com as temperaturas pré-industriais) re-
sultaria numa série de aumentos localizados que, em
algumas regiões, poderiam atingir duas vezes aquele
valor. O efeito que as secas, as perturbações climatéri-
cas acentuadas, as tempestades tropicais e a subida
dos níveis do mar terão em extensas áreas de África,
pequenos estados insulares e zonas costeiras será sen-
tido durante as nossas vidas. Estes efeitos, a curto pra-
zo, podem não ser muito signi= cativos em termos da
totalidade do produto interno bruto (PIB) mundial.
Mas para alguns dos mais pobres povos da Terra, as
consequências poderiam ser apocalípticas.
A longo prazo, as alterações climáticas são uma
ameaça massiva ao desenvolvimento humano e, em
alguns lugares, já minam os esforços da comunidade
internacional para reduzir a pobreza extrema.
ConG itos violentos, recursos insu= cientes, falta
de coordenação e políticas ine= cientes continuam a
atrasar o progresso do desenvolvimento, especial-
mente em África. No entanto, assinalam-se avanços
signi= cativos em alguns países. O Vietname, por
exemplo, conseguiu reduzir os níveis de pobreza em
metade e alcançou a escolaridade básica para toda a
população, muito antes de 2015, altura para a qual se
O modo como actuamos hoje relativamente às alterações climáticas acarreta consequências que
perdurarão um século ou mais. Num futuro próximo, o resultado das emissões de gases com efeito
de estufa não será reversível. Os gases retentores de calor emitidos em 2008 irão permanecer na
atmosfera até 2108, e até para além disso. Por isso, as escolhas que actualmente fazemos não afec-
t