Psicologia, perguntado por miiri, 9 meses atrás

De acordo com Jung, trazemos na bagagem da evolução e caminhada humana 04 arquétipos, os quais desenvolvemos de forma a aprimorar a nossa caminhada: Self, Persona, Anima/animus, Sombra. Explique dois deles, e dê exemplo.

Soluções para a tarefa

Respondido por gemeasdamed02
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Resposta:

Self :

   Principal Arquétipo do Inconsciente Coletivo, o Self é: o arquétipo da ordem, da organização e da unificação. Principal organizador da Personalidade é um fator de orientação íntima, dependendo da capacidade do Ego de ouvir suas mensagens. Quando o nosso Ego o ouve, tornamo-nos seres humanos mais completos. Qualquer talento que tenhamos que não seja consciente, não se desenvolverá e será tratado pelo Ego como se não existisse. Ele só poderá ser real, se o nosso Ego o reconhecê-lo.

   Necessário se faz realizar e vivenciar nossos talentos, tornando-os cada vez mais conscientes e vivos. Tornando-os conscientes e vivos, passaremos a viver em harmonia com a nossa própria natureza, possibilitando assim a expansão constante da nossa Consciência. Quando fazemos um autoexame honesto conosco mesmo, e nos propomos a melhorar uma realidade interna destoante, o nosso Ego encontra a força interior necessária que possibilita a realização da nossa renovação interior, de modo que o eixo Ego-Self se fortalece e se une, de modo que o Ego passa a assumir a administração da intermediação das realidades externa e interna, trabalhando para torna-las única e lúcida na nossa Consciência.

   É na nossa escuridão íntima (Inconsciente) que encontraremos o que nos está faltando para sermos um ser de Consciência Plena, plenamente conectada com o nosso Self (Espírito) e com o objetivo da nossa vida.

  Na visão da Psicologia Espírita, o Self é o próprio Espírito eterno, com suas experiências de vidas anteriores desde a sua criação, nas quais desenvolveu a crença em um Deus interno nele vigente, em função da sua própria procedência. Comanda o processo de desenvolvimento que lhe é imperioso alcançar, mediante as diversas experiências de vida. É através do processo de amadurecimento psicológico (desenvolvimento espiritual) que o Self vai se libertando das imperfeições que lhe dificultam o pleno conhecimento das coisas (Consciência Plena), para que possa se libertar como essência divina que se constitui...

A Sombra é: o Arquétipo que maior influência exerce sobre o Ego. Ela se desenvolve em oposição ao arquétipo da Persona. Normalmente escondemos e afastamos de nossa Consciência e também das outras pessoas, tudo o que consideramos negativos em nós. Sentimentos e ideias cruéis, ânsia de poder, impulsos violentos, ações moralmente reprováveis, tudo aquilo que a sociedade ou meio em que vivemos considera negativo ou inadequado, além de nossas fraquezas, vícios, medos, erros, etc. A Sombra é tudo aquilo que precisa ser melhorado em nós, quando buscamos o desejo de nos tornarmos mais conscientes, mais lúcidos, incorporando o que há de melhor e de pior em nós. Não desaparece à nossa súplica e nem se dilui com a nossa vontade de fazer o bem. Ela penetra em nossa vida quanto mais estejamos alheios à sua existência.  A Sombra é também tudo o que se encontra no nosso Inconsciente. Sempre que reprimimos conteúdos inconscientes, esses reagem de maneira destrutiva através das emoções negativas. Segundo alertava Jung, ninguém pode, impunemente, desembaraçar-se de si mesmo em troca de uma personalidade artificial. Ao invés de reconhecermos nossas mazelas e deficiências, tentamos preservar a nossa imagem através da Persona. O resultado disso nós já conhecemos, como sendo transtornos e doenças. Enquanto o individuo não descobre a realidade de si mesmo (o seu Inconsciente), permanecerá na condição de vítima de transtornos de todo tipo, decorrentes do vazio existencial, da falta de sentido psicológico, por identificar apenas parte da sua realidade.

   Para a Psicologia Espírita, o primeiro passo, para trabalharmos isso é acreditarmos na existência da Sombra; o segundo é aceitá-la como parte importante e integrante de nossa personalidade; e o terceiro é investigar as suas más tendências e trabalhá-las em busca de seu aperfeiçoamento espiritual e as qualidades potenciais agregadas a ela que precisam ser desenvolvidas e aprimoradas.  Como dizia Jung: ”Uma pessoa não se ilumina simplesmente imaginando figuras de luz e sim iluminando a sua própria escuridão”.

Explicação:

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