Dados extratextuais: Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, em 25 de agosto de 2013.
Foto retirada da revista Época, de 02/09/2013.
Esta é uma tarefa de produção de texto de Língua Portuguesa, atualidades, ensino médio.
Levando em conta a foto e as instruções, escreva uma dissertação. Um artigo de opinião a respeito da situação retratada.
Anexos:
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Preconceito velado
As opiniões a respeito da vinda dos médicos cubanos para o Brasil são controversas. Há quem apoie a iniciativa governamental, já que ela ameniza o problema da saúde em locais afastados das grandes metrópoles, e há quem seja contra, por acreditarem que é apenas um paliativo. Entretanto, a despeito dessas divergências, algo deveria ser unânime: o repúdio a atitudes preconceituosas e xenófobas, como por exemplo as vaias, vindas de médicas brasileiras, direcionadas aos médicos cubanos que aqui desembarcavam.
Somam-se a esse episódio muitos outros, como a publicação da jornalista brasileira, em seu perfil na rede social Facebook, na qual colocava em xeque a qualificação profissional das médicas cubanas devido a sua aparência. Situações como essas se chocam com a ideia, historicamente construída, de que o Brasil é um país inclusivo.
A noção de tolerância justificava-se devido ao fato da população brasileira ter sido formada por uma miscigenação de várias etnias, fato esse que invalidaria preconceitos a respeito da cor da pele, afinal, não há “etnias puras”. Porém, a realidade mostra que em matéria de discriminação, estamos próximos de ser tão xenófobos quanto os europeus a quem tanto criticamos em sua relação com os árabes atualmente, mas com o agravante de que, no nosso caso, isso costuma ser feito de forma velada,tanto que a maioria dos brasileiros não admite que as vaias sejam xenofobia, apenas consideram-na "exercício da liberdade de expressão".
As vaias são, portanto, uma boa oportunidade para repensar a respeito da conduta brasileira em relação ao estrangeiro,para que possamos combater a xenofobia que teima em fazer-se presente no país. É chance de refletir também sobre o posicionamento da classe médica brasileira, grupo este que quando age de forma passional desmoraliza-se perante a sociedade, ofuscando as tantas máculas do sistema de saúde, como falta de infraestrutura, má remuneração, distribuição inadequada de recursos, entre outros, problemas que precisam mais do que nunca serem expostos a sociedade, para que esta não deixe-se iludir com a ideia de que a vinda desses profissionais bastará para resolver os problemas na área da saúde.
L.M
As opiniões a respeito da vinda dos médicos cubanos para o Brasil são controversas. Há quem apoie a iniciativa governamental, já que ela ameniza o problema da saúde em locais afastados das grandes metrópoles, e há quem seja contra, por acreditarem que é apenas um paliativo. Entretanto, a despeito dessas divergências, algo deveria ser unânime: o repúdio a atitudes preconceituosas e xenófobas, como por exemplo as vaias, vindas de médicas brasileiras, direcionadas aos médicos cubanos que aqui desembarcavam.
Somam-se a esse episódio muitos outros, como a publicação da jornalista brasileira, em seu perfil na rede social Facebook, na qual colocava em xeque a qualificação profissional das médicas cubanas devido a sua aparência. Situações como essas se chocam com a ideia, historicamente construída, de que o Brasil é um país inclusivo.
A noção de tolerância justificava-se devido ao fato da população brasileira ter sido formada por uma miscigenação de várias etnias, fato esse que invalidaria preconceitos a respeito da cor da pele, afinal, não há “etnias puras”. Porém, a realidade mostra que em matéria de discriminação, estamos próximos de ser tão xenófobos quanto os europeus a quem tanto criticamos em sua relação com os árabes atualmente, mas com o agravante de que, no nosso caso, isso costuma ser feito de forma velada,tanto que a maioria dos brasileiros não admite que as vaias sejam xenofobia, apenas consideram-na "exercício da liberdade de expressão".
As vaias são, portanto, uma boa oportunidade para repensar a respeito da conduta brasileira em relação ao estrangeiro,para que possamos combater a xenofobia que teima em fazer-se presente no país. É chance de refletir também sobre o posicionamento da classe médica brasileira, grupo este que quando age de forma passional desmoraliza-se perante a sociedade, ofuscando as tantas máculas do sistema de saúde, como falta de infraestrutura, má remuneração, distribuição inadequada de recursos, entre outros, problemas que precisam mais do que nunca serem expostos a sociedade, para que esta não deixe-se iludir com a ideia de que a vinda desses profissionais bastará para resolver os problemas na área da saúde.
L.M
vestibulanda:
Aline, se possível, será que vc poderia fazer um comentário? Penso que a redação tenha ficado um pouco cansativa, superficial ou possivelmente fugido do tema.
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