Português, perguntado por VicFadel, 9 meses atrás

Criticas negativas sobre o livro o pequeno principe pfv me ajudem

Soluções para a tarefa

Respondido por carolinaferreirabiov
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Resposta:

A partir de uma análise crítica do livro sob o olhar da fenomenologia, uma das grandes abordagens da psicologia, as relações entre o pequeno príncipe e os personagens serão abordadas cronologicamente, sendo destacados conceitos importantes para a psicologia fenomenológica como a narrativa, cuidado, compreensão, tempo, ser-para-a-morte, abertura, disposição afetiva e angústia.  Logo de início ele desenha uma jibóia que engoliu um elefante e pergunta aos adultos o que viram em seu desenho, e eles responde: Um chapéu. Mas ele não entendia o pq não viam a jibóia, e ele refez o desenho e refez. Porque as pessoas grandes só valorizam coisas grandes? Porque não conseguem enxergar o pequeno? O Novo? Isso acontece porque diante da gama de experiências que elas possuem tudo que vêem remetem à algo que já conhecem, não tentam refletir sobre aquilo que é “novo” e não se abrem para as novas possibilidades. Inclusive, assim como a fenomenologia, a gestalt alega que a percepção é construída a partir da experiência.  Logo após o pequeno príncipe com pane em seu pequeno avião, porém como ele estava sozinho, teve que aprender a ser mecânico e consertar o motor do seu avião sozinho. Depois da primeira noite ele dormiu nas areias do deserto do Saara, quando de repente é acordado por uma criança, pedindo que desenhasse um carneiro.  Vemos também personagens como o rei, que pensava que todos eram seus súditos e não tinha nenhum amigo perto. O contador, que era muito sério e não tinha tempo para sonhos. O geógrafo, que se achava intelectual, mas a geografia do próprio pais não sabia. O bêbado, que bebia não queria beber, mas queria beber para esquecer a vergonha de beber. Logo depois encontrou a raposa, que lhe ensinou o sentido de amizade, a rosa que por si era bonita e muito vaidosa, mas quando ela mentiu sobre de onde veio, ai veio a decepção do pequeno príncipe. E encontrou também uma serpente.  O que mais admirava o pequeno príncipe em seu planeta era a possibilidade de constantemente estar vendo o pôr-do-sol e cuidar de sua rosa. Diante de coisas tão simples, o principezinho construía sua existência por estar aberto e se deixar afetar. A afetação está vinculada com existência autêntica, a partir da vivência dos fenômenos. Trazendo para a Psicologia, a afetação está relacionada tanto com o encontro entre cliente e psicólogo quanto com a compreensão e a realização de uma intervenção mais eficiente e eficaz. A relação que o pequeno príncipe tinha com sua rosa era ímpar, ele se deu conta disso em seu encontro com o geógrafo, quando descobriu que as flores são efêmeras.  O cuidado com a rosa, em regá-la, protegê-la, faz alusão a forma como o cuidado deve estar inserido na prática psicológica. Neste envolvimento deve haver a sensibilidade para a afetação, para a escuta clínica (ouvir com compreensão), o cuidado e o vínculo. O cuidado é uma prática que vai além da técnica, apesar da técnica ser importante, ela não é mais que a relação, através do encontro, onde se pode acolher esse outro (o cliente). O vínculo é importante para se estabelecer a confiança do cliente no psicólogo.  Na relação entre o pequeno príncipe e o rei e o príncipe e o vaidoso, pode-se perceber que eles priorizavam as grandes coisas, á estética, o sentido da existência não se dava na relação com o outro, o súdito e o admirador eram significantes apenas no momento em que valorizava a eles próprios, aquilo que se quantificava (relação superficial, de aparências). Algo que dentro da psicologia fenomenológica não é o principal, os números, eram reverenciados pelo contador. Ele dava demasiada importância ao ter, ao possuir as estrelas, simplesmente pelo fato de saber que tudo aquilo era dele, e não lhe era significante a beleza das estrelas, o ser não era valorizado. Os detalhes, para o pequeno príncipe, eram a coisa mais importante, ele chorava ao ver que para alguém, a possibilidade de um dia perder a sua tão querida flor seria algo sem importância.  O encontro com a raposa faz-se muito importante para a revelação do ser-aí, no momento em que a raposa diz ser responsabilidade do príncipe cativá-la. E essa é a mensagem que fica em relação à amizade, por exemplo, o cativar está relacionado com o cuidado, com o vínculo e com a afetação.

É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam a solidão. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias e esquecemos a criança que fomos. Pelas mãos desse menino o leitor recupera a meninice, abrindo uma brecha no tempo. Voltamos a sentir o perfume de uma estrela e a ouvir a voz de uma flor... Com ele reconquistamos a tranquilidade e a liberdade, deixando alojar se pela beleza, apossar-se a pouco da sabedoria e do discernimento do que seja essencial. O Pequeno Príncipe é enigmático, profundo, escrito de uma forma metafórica.


VicFadel: ah obg
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