Português, perguntado por MissMittens, 10 meses atrás

crítica do livro o problema do realismo de machado de assis

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Respondido por sarahmonteiroac
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Resposta:

Lançada a proposição que embasa seu ponto de vista, Gustavo Bernardo refuta o processo de "monumentalização" do escritor, que o afastaria do jovem leitor contemporâneo e que aponta para o atrelamento de ao menos parte da obra ao realismo, tido como forma literária superior. Ataca em seguida o "falso problema" representado pela divisão da obra em duas fases: a romântica, até Iaiá Garcia (1878); e a realista, a partir de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881). O crítico se apoia nas reflexões de Ortega y Gasset sobre o novecentos como uma "centúria realista" para situar romantismo e realismo na vala comum do "estilo burguês" que lhes é subjacente, voltado sobretudo para "tentar denegar a ficção que pratica". Nesta linha, bate de frente com a própria noção de "estilo de época" presente nos manuais, para ele uma "tendência pedagógica" engendrada para "fugir da literatura ela mesma e abordá-la pelo filtro da história". Como resultado, tal operação terminaria por "pensar mais cada época do que cada estilo", numa disciplinarização historicista que deixaria a literatura em segundo plano e conduziria ao inevitável "cheiro de naftalina da matéria, dos livros, dos autores e dos próprios professores."

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