Crise e Ciência Crise é fundamental em ciência; sem crise não há progresso, apenas estagnação. Quando investigamos como a ciência progride na prática, vemos que é aos trancos e barrancos: os cientistas não têm sempre todas as respostas na ponta da língua. O processo criativo de um cientista pode ser bem dramático, muitas vezes envolvendo a agonia da dúvida e, em alguns casos, o êxtase da descoberta. Vista sob esse prisma, a ciência não está assim tão distante da arte. Na maioria das vezes, as crises nas ciências naturais são criadas por experiências realizadas em laboratórios ou por observações astronômicas que simplesmente não se encaixam nas descrições e teorias da época: novas ideias são necessárias, ideias essas que, às vezes, podem ser revolucionárias. Em geral, revolução em ciência implica novas e inesperadas concepções da realidade, chocantes a ponto de intimidar os próprios cientistas. GLEISER, Marcelo. Folha de S.Paulo, 26/05/2002. Acesso em: 15 abril de 2020.
Leia o texto para resolver as questões propostas.
01. “Crise é fundamental em ciência”, a tese do físico Marcelo Gleiser é enunciada logo no início do primeiro parágrafo. Ele sustenta essa tese, com fatos, no segundo parágrafo. Demonstre, elaborando uma frase completa, como esses fatos sustentam a tese defendida pelo autor. *
02. Por que o autor afirma que “sem crise não há progresso”. Escreva um parágrafo em que você sustente a ideia do autor. Você poderá usar exemplos de fatos reais para fundamentar sua resposta. *
03. Em textos dissertativos- argumentativos a linguagem figurada não é bem vinda. Porém, o autor se utiliza de uma expressão coloquial. Identifique-a. *
04. Para concluir um texto, é possível reforçar a tese do autor, ou sugerir alguma ação ou mudança. De que forma o autor concluiu seu texto? Justifique. *
05. Qual a tipologia do texto “Crise e Ciência?” *
Soluções para a tarefa
Resposta:
1) As experiências realizadas em laboratório e as observações astronômicas, ao exigirem novas descrições e novas teorias, conduzem a ciência a progredir.
Explicação:
1. O cientista Marcelo Gleiser sustenta sua teoria mostrando que na ciência a evolução não se dá em um processo linear e organizado, mas sim como ele mesmo cita "aos trancos e barrancos", pois é a partir da necessidade que vão surgindo as ideias e soluções.
2. O autor afirma que sem crise não há progresso porque na ciência é necessário que um problema aconteça para que o cientista descubra a sua solução. Um exemplo muito atual é o do desenvolvimento de vacinas. As vacinas contra as doenças que conhecemos como sarampo, rubéola, tétano e mais recentemente a vacina contra a covid-19 são criadas por cientistas. Sem o surgimento de uma doença, uma crise, não há a criação de uma vacina. Sem uma crise, a ciência entra em estagnação.
3. O autor utilizou da expressão coloquial "aos trancos e barrancos" para reforçar a ideia de que a evolução da ciência não ocorre de forma linear. Aos trancos e barrancos dá uma ideia de desordem, correria, necessidade como é a forma com que a ciência evolui, pela necessidade e com pressa para atender a sociedade.
4. O autor finaliza o texto de uma forma que provoca reflexão. Reforçando que a evolução na ciência depende de acontecimentos que intimidam os próprios cientistas. Para o propósito do texto, a forma com que ele finaliza é adequada, pois deseja provocar uma reflexão e tirar o leitor da zona de conforto, reforçando, mais uma vez que embora chocantes e amedrontadoras, as crises precisam ocorrer para que a ciência, e por consequência a sociedade, evoluam.
5. A tipologia textual de "Crise e ciência" é dissertativo-argumentativo.
O texto dissertativo mistura-se com outros tipos textuais como: argumentativo, narrativo e expositivo.
Marcelo Gleiser no texto "Crise na ciência" misturou o texto dissertativo com o texto argumentativo, pois seu objetivo era argumentar sobre a sua tese.
Espero ter ajudado!
Leia mais sobre o texto dissertativo-argumentativo aqui:
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