História, perguntado por gabrielappelt5, 7 meses atrás

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Respondido por SaraJayne4419
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Política e sociedade na Inglaterra do século XVI

No século XVI, a monarquia inglesa era absolutista. Seus governantes tinham um enorme poder. Esse era o

caso, por exemplo, da rainha Elizabeth I (1558-1602). Adotando uma política mercantilista (política promovida pelo

Estado de incentivo e proteção ao comércio e às manufaturas) e associando-se a corsários (piratas que tinham licença

real para a prática da pirataria), o governo de Elizabeth I contribuiu para que a Inglaterra se tornasse uma grande

potência econômica e naval.

No reinado de Elizabeth I e nas décadas seguintes ocorreu o enriquecimento da burguesia (comerciantes e

donos de manufaturas), da pequena nobreza rural (gentry, em inglês) e dos pequenos proprietários rurais (yeomen, em

inglês). Esses grupos sociais produziam e exportavam alimentos e tecidos de lã e/ou de algodão para várias partes do

mundo. No campo, a agricultura de subsistência cedeu lugar à agricultura comercial; para criar ovelhas (e extrair a lã),

a gentry e os yeomen cercaram seus domínios, expulsando as famílias de camponeses que lá viviam. A essa prática

deu-se o nome de cercamento. Sem terra onde plantar ou criar, os camponeses vagavam pelas estradas ou iam para as

cidades, sobretudo para Londres, onde se ofereciam para trabalhar por baixíssimos salários.

Monarquia × Parlamento no século XVII

Com a morte de Elizabeth I, seu primo Jaime, rei da Escócia, assumiu o trono da Inglaterra como Jaime I,

dando início à dinastia Stuart. Durante essa dinastia, ocorreram intensos conflitos envolvendo diferentes grupos sociais

e religiões.

A maior parte da burguesia e a gentry seguiam o puritanismo e defendiam que cada um deveria agir conforme

a Bíblia e a sua própria consciência, e a Igreja devia ser independente do Estado. Já a alta nobreza e os reis ingleses

praticavam o anglicanismo, religião na qual o chefe da Igreja é o próprio rei. O Parlamento inglês também se

encontrava dividido: na Câmara dos Lordes estavam os representantes da alta nobreza, e na Câmara dos Comuns, os

representantes da burguesia e da gentry.

Considerando-se rei por direito divino, Jaime I tentou impor o anglicanismo a todos os seus súditos. E, além

disso, criou novos impostos e aumentou os existentes. Mas, como o Parlamento, que tinha um grande número de

puritanos, se opôs a essas medidas, o rei mandou fechá-lo, revelando assim seu absolutismo. Carlos I, sucessor e filho

de Jaime I, deu continuidade à política absolutista de seu pai: concedeu monopólios a alguns grupos burgueses, vendeu

cargos públicos e criou novos impostos. Um desses impostos, ship money, antes pago apenas pelas cidades portuárias,

passou a ser nacional.

Como a oposição ao seu governo no Parlamento aumentou, Carlos I invadiu a Câmara dos Comuns com sua

guarda pessoal para prender os líderes oposicionistas. Avisados de antemão, estes se retiraram e se uniram às tropas

armadas organizadas para lutar contra o absolutismo. Iniciou-se então uma guerra civil (1642-1649) durante a qual os

ingleses estiveram divididos em dois grandes grupos rivais. Observe o esquema.

Puritanismo: ramo do protestantismo que tem como principal líder o reformador João Calvino. Na Inglaterra, os

calvinistas são chamados de puritanos.

Anglicanismo: religião fundada pelo rei da Inglaterra Henrique VIII e que adota rituais católicos e doutrina

protestante.

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