CORDEL ADOLESCENTE, O XENTE!
Sou mocinha nordestina,
Meu nome é Doralice,
tenho treze anos de idade,
conto e reconto e que disse,
pois me chamo Doralice,
sou quem vende meu cordel
nas feiras lindas de longe
onde a poesia se esconde
nas sombras do meu chapéu!
Eu falo tudo rimado
no adoçado da palavra
do Nordeste feiticeiro;
no meu jeito brasileiro,
aqui vim dizer e digo
que escrevo muito livro
que penduro num cordel,
todo fato acontecido
eu coloco num papel!
Vim pra feira, noutro dia,
armei a minha poesia
num cordel de horizonte.
Quem passava no defronte
daquilo que eu vendia,
parava e me escutava,
pois sou mocinha falante,
declamava o que escrevia!
Contei de uma garota
que amava um cangaceiro,
era um tal cabra da peste,
um valentão do Nordeste
que montava a Ventania,
trazia susto e coragem
por cada canto que ia!
Virge Maria!
O nome da tal mocinha?
Não digo... é um segredo,
escrevo o que não devo,
invento, pois tenho medo
de contar que a tal menina
era... toda fantasia!
(...) Sylvia Orthof. Cordel adolescente, ó xente!. São Paulo, Quinteto, 1996.
a) O texto que você leu se inicia com uma apresentação. Quem se apresenta
ao leitor?
b) Qual o seu nome e o que faz?
c) Qual é o tema do cordel??
d) Como é o cangaceiro?
e) Quantas estrofes há no texto?
Soluções para a tarefa
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Resposta:
a: mocinha nordestisna Doralice
b: Doralice que vende seu cordel rimando
c:apresentar Doralice
d:um cabra da peste, um valentao do nordeste, que montava a ventania que trazia susto e coragem por cada canto que ia
e:6
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