Considere o trecho de texto:
“Sob essa égide, o Estado brasileiro regulamentou o esporte no Brasil, na década de 1940. O Estado passa a controlar uma manifestação social (o esporte), que até então constituía uma prática de lazer de grupos sociais específicos, e dá a ele uma conotação de bem público [...]”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STAREPRAVO, F. A.; MARCHI JÚNIOR, W. Políticas Públicas de esporte no Brasil: uma leitura a partir da noção de (sub)campo. Pensar a prática, v. 18, n. 4, p. 959-970, out./dez., 2015. p. 963.
Considerando o trecho de texto e os conteúdos do texto-base (Re)pensando as políticas públicas de esporte e lazer: a sociogênese do subcampo político/burocrático do esporte e lazer no Brasil sobre o esporte na década de 1940 no Brasil, analise as proposições:
I. Houve uma fragilização da autonomia relativa da sociedade para se organizar esportivamente.
PORQUE
II. O Estado implantava e apoiava as ações que seriam de seu interesse, estabelecendo no campo esportivo relações clientelistas e populistas.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
A
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da primeira.
B
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira.
C
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E
As asserções I e II são proposições falsas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra B
Explicação:
B
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira.
Comentário: As duas asserções são verdadeiras, conforme o texto-base: “o efeito dessa legislação sobre a autonomia da sociedade para se organizar esportivamente pode ser considerado devastador, na medida em que o esporte brasileiro passa a estabelecer com o Estado uma relação de dependência tutelar. [...] Para existir, o esporte dependia do Estado e esse, por sua vez, só implantava e apoiava aquelas ações que seriam de seu interesse. Essa espécie de pacto de conveniência também gerou seus efeitos perversos. Um esporte atrelado ao Estado, e um Estado que institucionaliza um sistema esportivo controlado por dirigentes escolhidos por méritos, confianças e anuências ao poder, acabou por consolidar o campo esportivo como espaço privilegiado para as relações políticas baseadas no clientelismo e no populismo [...]” (texto-base, p. 47). Porém, o que justifica corretamente a asserção I é o fato intervir no esporte, sendo as características das ações uma consequência dessa intervenção.