conclusão sobre a destribuição desigual de saúde
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Resposta:
A destribuição desigual de saúde pode ser definida como a diferença no acesso a recursos e a fatores que influenciam a saúde, os quais podem se alterar por circunstâncias e contextos sociais ou por meio de políticas públicas; esse tipo de desigualdade é pensado sob o prisma de grupos sociais em desvantagens, e não indivíduos, sendo a saúde uma desvantagem adicional a esses grupos menos favorecidos socialmente. Também se pode focalizar a desigualdade em saúde sob a ótica das diferenças na condição de saúde ou na distribuição de seus determinantes entre diferentes grupos populacionais: algumas diferenças são atribuíveis a variações biológicas ou de livre escolha, e outras são atribuíveis ao ambiente externo e a condições em geral alheias ao controle dos grupos em questão. No primeiro caso, pode ser eticamente impossível ou ideologicamente inaceitável mudar os determinantes de saúde e,assim, as desigualdades em saúde são inevitáveis. No segundo, a distribuição desigual pode ser desnecessária e evitável, portanto injusta.
Não devemos conciliar nem confundir desigualdade em saúde com o estado de saúde de um determinado grupo ou determinados indivíduos; aquela se remete às vantagens e desvantagens de alguns destes agentes em relação a outros: é o acesso desigual aos recursos presentes na sociedade. Tais recursos são meios de poder e controle social, e os que mais contribuem para a desigualdade são aqueles que podem ser restritos e vetados a algumas classes. Outro fator importante que correlaciona recursos sociais e desigualdade é o seu modo de distribuição e a maneira que são utilizados: a possibilidade de escolha dentre tais recursos e meios sociais não é a mesma para os diferentes estratos da sociedade e, uma vez que estão sempre fazendo escolhas, eles têm em seu poder um leque diferenciado, que pode variar dependendo, por exemplo, da raça, gênero, etnia ou classe do indivíduo, potencializando o impacto de desigualdade.